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Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto querem autarquias a decidir fecho de feiras e mercados

2 Novembro 2020
Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto querem autarquias a decidir fecho de feiras e mercados
Política
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Eduardo Vítor Rodrigues e Fernando Medina, presidentes das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, respetivamente, pediram hoje à Direção-Geral da Saúde (DGS) esclarecimentos sobre a proibição das feiras, preferindo que o caso seja tratado a nível municipal.
“Eu e o Fernando Medina fizemos uma solicitação à Direção-Geral da Saúde (DGS) no sentido de perceber se há alguma razão técnica que possamos não estar a ver, porque se não houver, o que fará sentido é que cada município, de acordo com as suas circunstâncias, possa adaptar a medida”, revelou o também presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia no final da reunião daquela autarquia.
Cento e vinte e um municípios vão ficar abrangidos, a partir desta quarta feira, 4 de novembro, pelo dever cívico de recolhimento domiciliário, novos horários nos estabelecimentos e teletrabalho obrigatório, salvo “oposição fundamentada” pelo trabalhador, num conjunto de medidas que abrange as feiras e os mercados de levante, anunciou no sábado o primeiro-ministro António Costa, no âmbito do combate à propagação da Covid-19.
Eduardo Vítor Rodrigues precisou tratar-se de “uma apresentação genérica” o documento assinado pelos dois líderes políticos e hoje enviado ao Governo, reiterando que “só a resolução do Conselho de Ministros é que vai explicitar as condições de cada uma das medidas” anunciadas por António Costa.
“Achei que tinha a obrigação de o fazer, enquanto presidente de um município que tem uma data de feiras importantes e de uma Área Metropolitana [do Porto], que tem uma data de outras também importantes, como é o caso de Espinho, Carvalhos, Gondomar, Custoias e Senhora da Hora”, insistiu o autarca de Gaia, destacando que no seu município há “400 feirantes” que, por força de proibição anunciada, “vão ficar sem nada”.
Para Eduardo Vítor Rodrigues, “o risco é absolutamente reduzido”. “Já levámos quatro meses de funcionamento das feiras e tem tudo corrido maravilhosamente”, disse.
“Se a autorização passar para o presidente da câmara eu autorizarei, como é evidente, porque todas as semanas temos tido feiras e não tem havido problema nenhum”, acrescentou o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e da Área Metropolitana do Porto.