“Na sequência do Estado de Emergência Nacional, hoje renovado com o agravamento das medidas restritivas, das recomendações da DGS, do plano nacional de preparação e resposta à doença Covid-19 e em complemento às medidas já anunciadas no Plano de Contingência Municipal, constata-se não estarem reunidas as condições para programar a realização de eventos de qualquer natureza, nomeadamente, as festas concelhias de São João Baptista e outras habitualmente levadas a efeito na cidade e nas freguesias do concelho.
A Câmara Municipal informa que, neste contexto, não emitirá licenças para a realização de eventos que ponham em causa as determinações do Governo, nomeadamente no que diz respeito à concentração de pessoas.
Esta medida estender-se-á até ao final do mês de junho próximo e acompanhará o Estado de Emergência Nacional.
Louvando o empenho e dedicação de um enorme conjunto de pessoas que se têm envolvido, desde sempre, na organização destes eventos concelhios, e também para todos aqueles que, no corrente ano, já iniciaram a sua preparação, o executivo municipal deixa um sentido reconhecimento.
Partilhamos com todos os vilacondenses esta enorme tristeza pelo momento que vivemos e que muito especialmente a nível social, e outros de diversa índole, afligem o nosso concelho, o nosso país e o mundo”, tornou público a Câmara Municipal de Vila do Conde em comunicado.
No relatório de 3 de abril sobre a Covid-19, a Direção-Geral da Saúde (DGS) apresenta 40 casos confirmados de infeção em Vila do Conde e regista 27 na Póvoa de Varzim, perfazendo 67 na região.
Até esta sexta feira foram registadas 246 mortes (mais 37 do que no dia anterior, a maior subida até agora) e um total de 9886 casos de Covid-19 em Portugal, mais 852 do que na quinta feira, o que corresponde a uma taxa de crescimento de casos de 9,4%. Estão internadas 1058 pessoas e há 245 doentes nos cuidados intensivos (mais cinco do que na quinta feira). Os números foram divulgados esta sexta feira no boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Há ainda 5392 pessoas a aguardar resultado laboratorial e o número de pessoas recuperadas mantém-se nos 68. Para uma pessoa ser considerada “curada”, são precisos dois testes negativos. Quanto às vítimas mortais, 87% tinham mais de 70 anos. Há ainda 21 pessoas que morreram que tinham entre 60 e 69 anos; nove que tinham entre 50 e 59 anos; e duas mulheres que morreram tinham ente 40 e 49 anos.