A Câmara de Vila Nova de Famalicão quer desenvolver o setor do Turismo Industrial, apresentado como um “produto diferenciador”, com o objetivo de “promover e valorizar” a dinâmica de industrialização do território e desenvolver “experiências únicas”.
O projeto assenta, segundo divulgou a autarquia, “no aproveitamento das potencialidades turísticas no setor, na preservação do património industrial, no envolvimento da indústria em atividade, e do desenvolvimento tecnológico industrial”, dividindo-se em Património Industrial, Indústria Viva, Centro de Investigação e Desenvolvimento e Enoturismo.
O eixo estratégico “Turismo Industrial e de Negócios”, que emerge da Estratégia de Desenvolvimento Famalicão Turismo 2020, prioriza ainda a “cooperação com outras Entidades e Organizações, locais, regionais e nacionais, públicas e privadas, na consolidação de Famalicão como um destino turístico reconhecido em domínios específicos e em nichos de mercado identificados”.
Desta forma, explica a autarquia, “foi reconhecida a valia do projeto designado por Rede Portuguesa de Turismo Industrial – RPTI”, concebido pelos municípios de Famalicão, São João da Madeira, Vale de Cambra, Vila do Conde, Santa Maria da Feira e Santo Tirso, sendo que deste reconhecimento obtido “decorrerá a concretização do projeto Rede Portuguesa de Turismo Industrial – RPTI, cuja candidatura foi apresentada ao programa ‘RegFin’ do Turismo de Portugal”.
Quanto ao território famalicense, na área do Património Industrial a autarquia destaca “a preservação do património que surgiu no processo de industrialização a nível local, nacional e internacional”, que resulta na existência de três museus que divulgam o legado industrial: o Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, o Museu do Automóvel e o Museu Nacional Ferroviário – Núcleo de Lousado.
Na área da Indústria Viva, realça o texto, “Famalicão é fortemente conhecido pela sua dinâmica industrial”, sendo que a visita a empresas em atividade é a “oportunidade de conhecer a realidade das indústrias, de descobrir como se produzem os tecidos e como se fabricam as peças de vestuário, o chocolate e os vinhos”, fazendo parte do roteiro a Empresa Têxtil Nortenha, a Troficolor e Fábrica de Chocolates – Casa Grande.
Quanto ao Centro de Investigação e Desenvolvimento, a “instituição de referência nacional e internacional” está ligada à Inovação e Desenvolvimento Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário, consubstanciada no CITEVE.
No Enoturismo, a autarquia quer “o método de produção de ‘Verdes de Eleição’, produzidos na sub-Região do Ave, que integra a Região Demarcada dos Vinhos Verdes”.
Esta atividade turística convida a conhecer as características da maior Região Demarcada Portuguesa, as suas castas, o processo de produção, a degustação dos seus vinhos e, numa experiência de harmonização, produtos regionais selecionados, estando disponíveis visitas à Casa de Compostela, Vinhos Castro, Adega Casa da Torre e Casal de Ventozela.