Fonte da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária ligada à investigação Operação Teia avançou esta tarde que os presidentes das Câmaras Municipais de Santo Tirso, Joaquim Couto, e de Barcelos, Miguel Costa Gomes, bem como o presidente do Instituto Português de Oncologia do Porto, Laranja Pontes, e a empresária Manuela Couto (mulher do presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso), já foram “levados para a zona prisional” das instalações da Polícia Judiciária do Porto.
As buscas policiais vão continuar nos quatro concelhos do Norte – Porto, Santo Tirso, Barcelos e Matosinhos – “até ao final da tarde de hoje” e os detidos vão ser “ouvidos na próxima quinta feira” pelo juiz de Instrução Criminal, acrescentou fonte da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária.
A Operação Teia, cuja “investigação policial mais profunda começou há um ano e meio”, decorreu hoje com 10 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, e culminou com a detenção de quatro pessoas com idades compreendidas entre os 48 e os 68 anos, por suspeita da “prática reiterada de viciação de procedimentos de contratação pública, com vista a favorecer pessoas singulares e coletivas, proporcionando vantagens patrimoniais”, lê-se no comunicado de imprensa da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária enviado à comunicação social.
“A investigação, centrada nas autarquias de Santo Tirso, Barcelos e Instituto Português de Oncologia do Porto, apurou a existência de um esquema generalizado, mediante a actuação concertada de autarcas e organismos públicos, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste directo, com o objectivo de favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular”, informa a Polícia Judiciária em comunicado.
A Diretoria do Norte da Polícia Judiciária explica que a detenção está relacionada com “negócio no âmbito de contratação pública” e resulta de “inquérito titulado pelo Ministério Público – Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto”.