Os finalistas do prémio de arquitetura Mies van der Rohe, anunciados hoje, deixaram de fora o projeto do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, de Carrilho da Graça, e o do Centro Arvo Pärt, liderado por Alexandra Sobral.
Em comunicado, a organização do Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe, a cargo da Comissão Europeia e da fundação a que dá nome o antigo diretor da Bauhaus, revelou que os cinco finalistas são projetos localizados na Bélgica, em Espanha, na Albânia, na Alemanha e em França.
Os edifícios vão agora ser visitados pelo júri, estando o anúncio do vencedor previsto para o final de abril.
A Clínica Psiquiátrica Caritas, em Melle, na Bélgica, pelo ateliê Architecten de vylder vinck, o Centro de Congressos de Plasencia, em Espanha, pelo ateliê Selgascano, a praça Skanderbeg, em Tirana, na Albânia, que juntou arquitetos de três países na sua autoria, o edifício multiusos Terrassenhaus, em Berlim, pelos ateliês Muck Petzet e Brandlhuber, e a transformação de três edifícios de bairros de habitação social em Bordéus, pelos estúdios Lacaton & Vassal, Frédéric Druot, e Christophe Hutin, foram escolhidos como finalistas.
O prémio, no valor de 60 mil euros, instituído em 1987 pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe, com sede em Barcelona, é considerado um dos galardões de maior prestígio na área da arquitetura.
É bienal e distingue projetos de arquitetura construídos nos dois anos que precedem a sua atribuição. Também entrega um prémio de 20 mil euros a arquitetos no início de carreira.
O prémio toma o nome do arquiteto de origem alemã Mies van der Rohe, que dirigiu a escola Bauhaus, fundada há cem anos, na Alemanha, e que se fixou nos Estados Unidos depois da tomada do poder pelas forças nazis, na Alemanha, em 1933.
O projeto do arquiteto português Álvaro Siza para o antigo Banco Borges e Irmão, em Vila do Conde, foi o distinguido na primeira edição do prémio, em 1988.