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Marcelo Rebelo de Sousa elogia na Póvoa de Varzim “cumplicidade” entre as línguas ibéricas

20 Fevereiro 2019
Marcelo Rebelo de Sousa elogia na Póvoa de Varzim “cumplicidade” entre as línguas ibéricas
Cultura
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O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa considerou-se um aliado na promoção do livro e da leitura, enaltecendo a “cumplicidade” que deve existir entre as línguas portuguesas e espanhola.
O Presidente da República esteve presente na sessão de abertura da 20.ª edição do Correntes D’Escritas, encontro de escritores da expressão ibérica, que se realiza na Póvoa de Varzim, enaltecendo o papel deste certame literário para a promoção de valores.
“Há uma cumplicidade que traduz bem o que é nossa política externa, com a primazia ao mundo que fala português, mas, depois, uma atenção especial dentro da Europa, especialmente ao nosso vizinho espanhol”, vincou o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa expressou a sua “gratidão aos que escrevem”, mas deixou também um convite “às bibliotecas, livrarias, editores e alfarrabistas” para que se juntem no combate da promoção do livro e da leitura.
“O combate que tem de prosseguir e renovar-se em formas de intervenções. No que me toca, sejam dois ou mais anos que esteja em Belém, podem contar com a minha vontade. Não faltará a festa do livro, como que a sublinhar que esta luta não pode esmorecer, tem de se revigorar e conseguir novos reptos”, afirmou.
O Presidente da República, que lembrou as três vezes anteriores em que participou no Correntes de D’Escritas, teve, desta vez, ao seu lado o homólogo Jorge Carlos Fonseca, Presidente da República de Cabo Verde e da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa [CPLP], que proferiu a conferência de abertura do evento.
O líder cabo-verdiano, também escritor, abraçou o repto deixado pelo homólogo português para o “espírito do encontro, da convergência, da escrita em correntes e do diálogo”.
“É um privilégio estar neste evento extraordinário, que celebra 20 anos. Devemos estar gratos aos escritores, e a todas as gentes das letras, que nos fazem ter convicção que o nosso mundo está a salvo”, disse Jorge Carlos Fonseca.
Também na abertura do certame esteve a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, solicitada por Marcelo Rebelo de Sousa, para participar na promoção do livro, da cultura e da diversidade, enaltecendo o contributo do Correntes D’Escritas.
“O meu reconhecimento para este encontro que promove uma partilha de ideias entre duas línguas irmãs, e as suas múltiplas culturas. A comunicação entre as diversas expressões de origem ibérica é da maior relevância e expõe todo o património que nos é comum e a sua diversidade”, partilhou.
Graça Fonseca falou “na celebração da palavra contra o analfabetismo”, enaltecendo a capacidade deste encontro juntar escritores e público, na promoção da cultura.
“Estarmos rodeados de Cultura é fundamental para construção de uma sociedade democrática e na manutenção e renovação da sua capacidade crítica. É um pilar da democracia e da cidadania”, concluiu a Ministra da Cultura.
A 20.ª edição do Correntes d’Escritas vai reunir, na Póvoa de Varzim, até 27 de fevereiro, 140 escritores de 20 países de expressão ibérica, para participar num leque de atividades literárias e culturais.