Hoje há eleições na Associação Comercial e Industrial de Vila do Conde e pela primeira vez há duas listas concorrentes.
Joaquim Costa encabeça a Lista B e apresenta António Martins Alves à Assembleia Geral e Maria Eduarda Silva ao Conselho Fiscal.
Ricardo Santos encabeça a Lista A e apresenta Alfredo Martins para a Assembleia Geral e Amadeu Dores para o Conselho Fiscal.
O que o motivou a candidatar-se à presidência da Associação Comercial e Industrial de Vila do Conde?
Vários associados abordaram-me no sentido de me candidatar à presidência da Associação Comercial, uma vez que o atual presidente, Joaquim Brites, não se recandidataria. Depois de algum tempo em ponderação, decidi encarar este desafio com muita seriedade.
Assim sendo, apresento-me a eleições, fazendo-me acompanhar por um grupo forte, experiente, com provas dadas e perfeitamente conhecedor da realidade, dos desafios e dificuldades do atual contexto económico, empresarial, comercial, turístico e industrial, conscientes e dispostos a trabalhar de forma rigorosa e exigente, por uma associação mais forte, proporcionando uma mudança tranquila, garantindo uma evolução sustentável, mas com inovação, empreendedorismo, empenho e atentos às oportunidades que surjam.
Este não é um grupo vendedor de ilusões. Não temos aspirações políticas. A Associação para nós não é um trampolim para outros voos. Aqui ninguém quer ser de presidente de estruturas politica, Câmara ou outro.
No caso de ser eleito, quais as novidades e projetos que pretende implementar na Associação Comercial e Industrial de Vila do Conde?
Proporcionar uma revolução digital, nomeadamente desenvolver novo site e uma loja online onde os associados que queiram, possam vender autonomamente os seus produtos. O comércio a retalho pela internet aproxima-se, em Portugal, dos 40% no total de vendas. Nós queremos fazer do comércio eletrónico (E-commerce) uma oportunidade para todos, sem descorar as próprias lojas de rua. Enviaremos newsletter semanal e Jornal do Empresário periódico físico e digital.
Efetuar iniciativas de promoção pública do comércio local, sobretudo nos períodos baixos, através de uma nova dinâmica para revitalizar o comércio local e apoiar as pequenas e médias empresas, no geral. Vamos potenciar iniciativas de dinamização, para atrair pessoas às ruas, não só nas festas tradicionais, mas também novas dinâmicas e atividades calendarizadas, como “Noites Brancas”, exposições, eventos culturais e musicais, desfiles de moda e outras atividades em colaboração com as lojas e empresas dos setores, etc. Vamos potenciar algumas atividades náuticas e motonáutica, em parceria com entidades do setor, aproveitando o magnifico “espelho” de água que o rio proporciona na maré cheia e o magnifico anfiteatro que são as suas margens.
Melhorar o apoio técnico e estar na linha da frente no aconselhamento dos apoios comunitários e nacionais para todos os Associados, bem como aproveitar todos os apoios que surjam para a própria Associação, seus serviços e Escola Profissional. Aproveitar todos os programas de apoio, para a Associação, Associados e Escola Profissional, que possam surgir.
Estabelecer protocolos para obtenção de melhores condições e preços, para os Associados, na eletricidade, gás, combustível, serviços bancários, condições de crédito, saúde, higiene e segurança, transportes, etc.
Criação de um cartão de Sócio da Associação para fácil identificação, sobretudo para obter descontos com quem a Associação tenha os referidos protocolos.
Realizar anualmente a Gala do Empresário, promovendo o diálogo e convívio entre empresários e distinguindo os associados mais antigos (25 anos) e quem por motivo especial se tenha distinguido.
Interligar a Associação aos Associados, através de uma Newsletter e Jornal do Empresário com informações úteis, ambos periódicos, procurando dar voz aos empresários, onde eles possam expressar as suas dificuldades.
Realizar iniciativas de formação, debate e lazer (seminários, sessões de esclarecimento, espetáculos, etc).
Lutar e desenvolver o projeto para novas instalações da nossa Escola Profissional, que pode e deve ter mais níveis e tipos de formação, para proporcionar ao comércio, à indústria e aos serviços Vilacondenses, mais mão-de-obra qualificada.
Ser maximamente exigente na defesa dos interesses dos associados, junto da Câmara Municipal, do Governo e da União Europeia (através dos Eurodeputados e Associações Europeias). Pressionar para “Derrama” nula, ou enquanto isso não for possível, pelo menos divídi-la em prestações. Pressionar para baixar impostos e taxas municipais (taxa sobre publicidade, por exemplo) e nacionais, através da Confederação de Comércio Português.
Apoio ao empreendedorismo e às startups, criando condições de uso de serviços comuns, dando apoio técnico, etc.
Estabelecer intercâmbios com congéneres estrangeiras, em especial europeias, para promoção de bolsas de negócios e participação em fóruns, colóquios, feiras, etc.
Continuar com formação disponível para empresários, seus funcionários e colaboradores, nas áreas que forem necessárias e possíveis.
Apoio nos processos de atribuição do título de lojas históricas no concelho.
Os espaços comerciais de grande envergadura são uma mais-valia para Vila do Conde ou têm prejudicado a economia local?
Conheço bem as dificuldades do comércio local. As grandes superfícies vieram tirar muita gente das ruas. Precisamos reverter esta situação e iremos trabalhar com especialistas.
Vamos obter para os associados, melhores condições e preços na eletricidade, gás, combustíveis, serviços bancários, saúde, higiene e segurança, transportes, etc.
A Zona Industrial da Varziela, para além das empresas nacionais e internacionais lá instaladas, tem a maior comunidade chinesa do País. A sua candidatura tem algum plano em particular para tentar captar mais empresas para ali se alojarem e, consequentemente, criarem mais emprego para Vila do Conde?
Não tenho relacionamentos privilegiados com nenhum grupo de empresários em particular. Todos os empresários, sejam grandes ou pequenos, sejam imigrantes ou portugueses, devem cumprir regras e pagar os impostos devidos. Esta grande comunidade Vilacondense terá uma atenção de nossa parte, com o objetivo de tirar maior proveito para vila do conde com sua presença, mas nunca com objetivo de lhes proporcionar regalias que os portugueses não têm.
Vamos trabalhar para captar o maior número de empresas para no nosso concelho, por forma a melhorar todos os setores de atividade e a economia em geral.
A Escola Profissional de Vila do Conde, sob alçada da Associação Comercial e Industrial de Vila do Conde, é uma instituição de ensino bastante requisitada e tem alunos até dos concelhos limítrofes. Tem alguma iniciativa prevista para a Escola Profissional de Vila do Conde?
Lutar e desenvolver o projeto para novas instalações da nossa Escola Profissional, para proporcionar ao comércio, à indústria e aos serviços Vilacondenses, mais mão-de-obra qualificada. O ensino profissional em Vila do Conde é proporcionado por 3 estabelecimentos de ensino. A Escola Profissional de Vila do Conde no ano letivo 2016/2017, segundo a “infoescolas”, teve uma taxa de sucesso, em 3 anos, de 83%. As outras duas escolas tiveram 43% e 44%. Com melhores recursos, poderíamos fazer ainda mais e melhor. A Escola Profissional tem que ser muito bem acompanhada e potenciada.
Tendo em conta que há duas candidaturas à Associação Comercial e Industrial de Vila do Conde, qual é a marca diferenciadora da sua?
Há muitas marcas, na minha opinião, diferenciadoras. Apartidarismo, seriedade, isenção, rigor, inovação, trabalho, etc.
A Assembleia Geral da Associação Comercial e Industrial de Vila do Conde está marcada para as 17 horas, no Auditório da Santa Casa da Misericórdia, e o principal ponto da ordem de trabalhos é a eleição dos Órgãos Sociais para o quadriénio 2019/2022. A Assembleia Geral da Associação Comercial e Industrial de Vila do Conde decorre até às 21h30.