Última hora

Estudantes desenvolvem sistema de combate à contrafação de calçado

20 Setembro 2018
Estudantes desenvolvem sistema de combate à contrafação de calçado
Tecnologia
0

Estudantes na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras (ESTGF), do Politécnico do Porto, criaram um sistema que utiliza códigos “QR” para combater a contrafação de calçado.
O processo prevê a implantação, por tecnologia “laser”, de uma representação gráfica, vulgarmente conhecida por “QR-Code”, no sapato, a qual poder ser descodificada, por leitura ótica, a partir de um telefone de última geração, com ligação à Internet. Por exemplo, no ecrã do dispositivo de quem adquire a peça de calçado com aquela tecnologia implantada pode ler-se informação que afere se o sapato é original, para além de outras informações úteis, nomeadamente sobre a marca, o modelo, o número de série, os tamanhos e os materiais utilizados.
O projeto chama-se “Certified Shoes System” e foi desenvolvido por um grupo de alunos da Licenciatura de Sistemas de Informação para a Gestão. Rui Teixeira, um dos elementos que integra o grupo de trabalho, explicou que outra finalidade do sistema é “aproximar o cliente da marca”. O estudante frisou que cada código está associado a um número de série do produto desenvolvido por determinada empresa e armazenado em suporte informático, método que promove a ligação do consumidor à marca. O projeto foi pensado para o setor do calçado, mas a filosofia também pode ser usada no têxtil e outros setores associados a marcas. O estudante admitiu que o sistema poderá contar com o apoio de entidades para a sua implementação no mercado, a começar pela região de Felgueiras, que lidera a produção nacional de calçado.
O Centro Tecnológico de Calçado já manifestou interesse no projeto, segundo fonte da Escola Superior de Tecnologia e Gestão. O Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa também assinalou a importância do sistema desenvolvido pelos alunos. Paulo Dinis, diretor executivo do Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa, avançou que vai ser criada “uma equipa de projeto” para estudar o seu financiamento como empresa. “É uma ideia fácil de colocar em prática e há mercado natural na região e em Felgueiras, em particular”, observou. “Estas ideias são um ponto de partida para concretizar no âmbito empresarial. Este é um excelente contributo que a escola está a dar à economia da região”, vincou.