Portugal e Espanha podem pescar até 14.600 toneladas de sardinha em 2018

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A Comissão Europeia aprovou o plano da pesca da sardinha para os próximos cinco anos e fixou para 2018 o limite de captura em 14.600 toneladas, a repartir entre Portugal e Espanha. O plano atribui a Portugal 9.709 toneladas e a Espanha 4.891 toneladas.
Nos últimos anos, a pesca tem sofrido restrições em prol da melhoria do ‘stock’.
Em nota, a Associação das Organizações de Produtores da Pesca (ANOP) do Cerco explicou que 50% do total de capturas devem ser concretizadas até ao final de julho, deixando as restantes 7.300 toneladas para os meses seguintes.
O Ministério do Mar esclareceu que “a Comissão Europeia considerou muito razoável a abordagem de precaução do Plano apresentado”, adiantando que a estratégia vai ser ainda apreciada pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar.
A ANOP Cerco defendeu que “as possibilidades de captura de sardinha em 2018 para a frota portuguesa poderão vir a ser alargadas”, propondo a reavaliação da quota para as 15 mil toneladas até julho.
Resultados do cruzeiro científico realizado em dezembro pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apontam para 120 mil toneladas de sardinha entre Caminha e o Cabo Espichel, um acréscimo de 110% face à biomassa que tinha sido avaliada em dezembro de 2016 (57 mil toneladas).
Os limites anuais de capturas de sardinha desceram entre 2011 (53.616 toneladas) e 2015 (13.387), tendo subido ligeiramente em 2016 (13.698) e 2017 (14.694).
Ana Paula Vitorino, ministra do Mar, vai ser ouvida no dia 17 de abril no parlamento, mas já disse que não vai analisar a hipótese de reavaliar a quota até ter os resultados do segundo cruzeiro científico, previsto para este mês.
Ana Paula Vitorino vai ser chamada à Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar para prestar esclarecimentos sobre a questão, depois de os deputados da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar terem aprovado por unanimidade um requerimento do PCP nesse sentido.
A pesca da sardinha está proibida desde outubro de 2017 e vigora até ao final deste mês de abril, período durante o qual o Ministério do Mar paga aos pescadores para não trabalharem.