O Ministério da Justiça reabriu, 4 anos depois, o Centro Educativo de Santa Clara, em Vila do Conde, agora com gestão pública e duas residências, uma para raparigas e outra para rapazes, com um total de 24 vagas.
A reabertura do Centro Educativo de Santa Clara acontece depois de, em 2014, o Estado Português ter encerrado a unidade, transferindo os 41 menores lá internados para centros sobrelotados, deixando cerca de 70 profissionais qualificados no desemprego.
No dia em que os menores começaram a ser transferidos para outros estabelecimentos, a 30 de julho de 2014, a presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Elisa Ferraz, recebeu o Diretor-Geral da União de Meridianos, entidade que à data geria o Centro Educativo de Santa Clara, para tentar perceber o que se terá passado e manifestou-se “profundamente indignada e preocupada com a situação”, “fazendo diligências, ao longo do tempo, junto do Ministério da Justiça, no sentido de reverter a situação”.
A reabertura do Centro em Vila do Conde está prevista para que ocorra em simultâneo com o encerramento do Centro do Mondego, na Guarda. Esta decisão é justificada pelo Ministério da Justiça através da Lei Tutelar Educativa, que define como “centro educativo mais adequado para o cumprimento da medida aplicada aquele que assegure a maior proximidade relativa à residência do menor, considerando assim que esta é a opção que melhor serve os interesses dos jovens internados”.
O Centro Educativo de Santa Clara foi construído de raiz depois de, em 2006, ter encerrado o centro com o mesmo nome que durante 62 anos funcionou no Mosteiro de Santa Clara, sob a gestão partilhada de padres salesianos e do Instituto de Reinserção Social. Na sua construção foram investidos mais de 2 milhões de euros, tendo sido inaugurado em 2010 e considerado um dos mais modernos de Portugal.