As opiniões costumam ser bastante controversas. Ora se defende que os bebés têm o vício do colo, ora se defende que o colo nunca é demais.
Na minha opinião, depende da idade do bebé!
É ingénuo pensar-se que o bebé nasce pronto para o mundo e que o mundo (seio familiar) está pronto para o bebé. Mesmo para os que já são pais, não há dois bebés iguais!
Os primeiros 3 meses de vida do bebé são considerados, por muitos autores, o 4º trimestre da gravidez. Quer isto dizer que, para o bebé, é como se este ainda se encontrasse dentro do útero, não percebendo ainda que é um ser independente e não possuindo ainda sistemas de autorregulação.
É, portanto, o vínculo com a mãe que vai permitir o desenvolvimento destes sistemas, num processo que só é possível através do cheiro, do toque, da troca de calor corporal, ou seja, do colo!
E o que é isto de autorregulação? É a capacidade de adaptação ao meio: às mudanças de temperatura, estímulos sonoros, visuais, estar e adormecer sozinho, etc.
Portanto, não tendo ainda o bebé esta capacidade, o colo será o que lhe vai proporcionar o seu desenvolvimento, dando-lhe a segurança, o conforto e a confiança necessária.
Quando deixado sozinho a chorar, a sensação que um bebé desta idade tem é de abandono. Imaginem o stresse que não lhe causa e os efeitos que poderá ter no seu desenvolvimento…
Cada bebé tem o seu ritmo. Claro que o parto tem uma grande influência – quanto mais agressivo, provavelmente mais demorado será este processo. E temos sempre a variabilidade genética e ambiental.
Esta será uma fase como tantas outras! Depressa veremos os bebés a crescer, a desenvolverem-se física e cognitivamente e a necessitarem cada vez menos de colo, até nos deixarem na saudade…