– O que são exames de rastreio?
Um exame de rastreio é aquele que pode ser aplicado em larga escala para identificar a presença de uma doença em pessoas aparentemente saudáveis e sem queixas, isto é, permite detetar uma doença quando a pessoa ainda não a sente.
Apenas devemos fazer rastreios de doenças que, se não forem diagnosticadas precocemente, são potencialmente graves e que se possam curar ou atrasar a sua evolução quando identificadas numa fase inicial.
– Quais são os exames de rastreio que estão indicados? Quando devem ser feitos?
Atualmente em Portugal, à luz da mais recente evidência científica, existem três doenças oncológicas que devem ser rastreadas em toda a população: cancro do cancro do colo do útero, rastreio do cancro da mama e rastreio do cancro do intestino.
O rastreio do cancro do colo do útero é feito através de citologia cervico-vaginal, exame também conhecido como Papanicolau. Devem ser sujeitas a este exame todas as mulheres com idades entre os 25 e os 60 anos. Se os resultados deste exame forem normais, este teste deve ser repetido a cada três anos. Mesmo as mulheres que fizeram a vacina para o vírus do cancro do útero devem fazer este rastreio.
O cancro da mama é o cancro mais frequente em mulheres mas, se detetado numa fase inicial da doença, 90% dos casos podem ter cura. O rastreio desta doença está indicado para mulheres entres os 50 e os 69 anos através de mamografia que deverá ser realizada, como exame de rastreio, nesta população, a cada dois anos.
A pesquisa de Sangue oculto nas fezes deve ser feita a todos os indivíduos entre os 50 e os 74 anos. Quando este teste vem positivo deve ser feita, com a maior brevidade possível, uma colonoscopia total.
– O exame tem alterações! Tenho cancro?
Quando os exames vêm com alterações não significa que tem cancro. Apenas necessitamos de investigar um pouco mais. Há alterações, encontradas nestes exames, que são benignas e que não requerem qualquer tratamento.
– Toda a regra tem excepção!
Os exames e as idades em que devem ser feitos partem do princípio que o individuo não tem nenhuma doença conhecida naquele órgão, quando já existe uma doença mesmo que não seja cancro pode ser necessário fazer um exame diferente ou fazê-lo mais cedo. Isto também pode acontecer quando há história de familiares próximos com diagnóstico destes cancros.
Rosalina Magalhães