Última hora

Ano Novo

21 Janeiro 2016
Ano Novo
Opinião
0

Ano Novo que agora entraste chuvoso e ventoso quanto baste e que espero tenhas escorraçado para “mares sem fundo” o teu antecessor (2015), nos tragas boas prendas para nos ofertar. Será que nos trazes a Paz, a Justiça e a Fraternidade entre os homens, ou vens uma vez mais patentear-nos com uma sequência, já de si mal cheirosa, de injustiças, de iniquidades, de ideias bafientas, de fomes e desgraças, de dores e de lágrimas?!
Virás tu, Ano Novo, uma vez mais dizer-nos que não há Esperança em dias melhores, de alegria e confiança porque os do Ano Velho não permitiram que houvesse um melhor Ano Novo?!
Virás tu, Ano Novo, novamente, dizer que os trezentos e sessenta e seis dias, será mais um desfile no tempo, dos olhos apavorados desta pobre humanidade, outro cortejo de fantasmas cuja “cobardia” vai ser enxamear de mentiras, aquilo que heroicamente alguns se predispuseram a fazer por um Portugal melhor?!
Será que tu, meu Novo Ano, não trazes nesse teu facho luminoso e simbólico o Amor e Paz, a este meu Portugal e a esta minha Vila do Conde à beira mar plantado?!
De uma vez por todas chega. Meu querido Novo Ano tens de trazer de uma vez por todas (já te demos quarenta e um anos novos de democracia experimental) a Justiça, a Paz, a Igualdade, a Fraternidade, para que aqueles como eu, que acreditam num Novo Ano, sejam fortalecidos no seu querer e se libertem dos preconceitos da pequenez a que nos têm subjugado!
Ano Bom, que agora entraste acompanhado de fortes ventos e chuvadas, espero confiante, que lá para perto do Natal, o Menino que nasceu em Belém, se fez Homem e foi a morrer no Monte da Caveira, possa, sob o resplendor de sua Eterna Luz, sorrir, confiante de que homens viverão a sua Doutrina Divina, Aquela que há mais de dois mil anos nos vem ofertando: a Paz e a Justiça.
“Paz e Bem.”

Artur Bonfim