Última hora

Impérios…

2 Dezembro 2015
Impérios…
Opinião
0

Tudo na vida tem um princípio e um fim. A natureza é assim, renova-se. O que nasce mais tarde ou mais cedo morre, é o ciclo da vida, do universo.
No entanto há os que se julgam imortais e teimam em perdurar no tempo e no cargo. Com isso criam-se vícios, sistemas, barreiras, criam-se riquezas, poderes, influências… Impérios.
Na história da civilização tivemos muitos impérios. Já ouvimos falar no Império Romano, no Russo, no Britânico, até no Brasileiro ou no Otomano, lá mais para o Oriente. Todos foram grandes mas efémeros.
Normalmente os impérios caraterizam-se por conquistar e dominar os seus povos, o chamado poder hegemónico, que não traz felicidade a ninguém, exceto a meia dúzia de egocêntricos, os dominadores. Os impérios subjugam, escravizam, limitam o pensamento e a liberdade do ser humano.
A história prova que não importa o tamanho de um império: um dia ele cairá. É algo natural no mundo, apesar de não ser um acontecimento instantâneo. Os tempos mudam, os povos avançam e o mundo cria, naturalmente, impérios novos, muitas vezes contra a própria natureza do homem.
Atualmente as pessoas estão mais informadas e globalizadas, percebem mais fácil e rapidamente manipulações, distorções, interesses tendenciosos, o que não facilita a criação, antes pelo contrário, ajuda na destruição desses impérios e da mesma maneira que aconteceu com Roma, na Rússia ou no Brasil, os impérios vão caindo abrindo espaço a uma nova era.
É tempo de dar tempo a outros ideais, à fraternidade, à solidariedade, à unidade, ao pluralismo, à igualdade, deixar de vez o “eu quero, posso e mando”, o “eu é que sei” ou “eu sou dono disto tudo”. O tempo dos Imperadores ou dos “dinossauros” já passou. Quer-se uma sociedade aberta e transversal que se renove naturalmente. Os velhos devem dar lugar aos novos para que todos tenham novas oportunidades e renovadas esperanças.
Infelizmente nos tempos de hoje ainda temos alguns impérios, de ordem política, social ou até mesmo familiar, como por exemplo o “Hilton”, o “Trump”, o “Salgado, o “Socrático”, o “Almeida” e outros, mas todos terão com certeza o seu fim.
Os acontecimentos dos últimos tempos no mundo e na nossa terra ditarão o fim de alguns deles. E que assim seja para o bem de todos.

António Postiga