Ministro da Saúde desclassifica Urgência Póvoa/Vila do Conde

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O serviço de Urgência do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/ Vila do Conde foi desclassificado esta sexta-feira pelo Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa.
O despacho, publicado no Diário da República, diz que o serviço de Urgência que serve o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde continua a integrar a rede de Urgência/Emergência, mas que passa a estar classificado como uma Urgência Básica, despromovendo-o ao nível “básico”, em substituição da anterior classificação de “médico-cirúrgico”.
A classificação de “médico-cirúgico”, assegurada por decisão governamental de 2008, do serviço de Urgência o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde deve-se à densidade populacional desta área geográfica e às respostas necessárias que evitem deslocações mais distantes, bem como a excelência dos serviços do Centro Hospitalar, que é publicamente reconhecido e que, por diversas vezes, mereceu referências elogiosas nos relatórios de análise do funcionamento da rede hospitalar nacional. Com esta desqualificação, Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/ Vila do Conde elimina a presença de médicos de especialidades que permitiam dar uma resposta às necessidades dos cerca de 150 mil habitantes da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, como é o caso da Ginecologia/Obstetrícia, Ortopedia, Cirurgia Geral ou Medicina Interna.
Elisa Ferraz, Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, diz, em comunicado, que pretende “assegurar a reversão da profunda injustiça que é concretizada com este despacho ministerial, por um lado, formalizando um veemente protesto junto do Ministério da Saúde e, por outro, dando indicações aos nossos serviços jurídicos para a elaboração urgente de uma providência cautelar, que possa inviabilizar a incompreensível medida tomada pelo Governo”.
Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, diz, em comunicado que “não encontra razões técnicas para a desqualificação do Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/ Vila do Conde e que vai “avançar com uma providência cautelar”, pois “os dois municípios assumiram uma atitude de cooperação, rara e reconhecida como exemplar a nível nacional, propondo-se cooperar com o Governo central para a edificação de um novo e conjunto Centro Hospitalar, objetivo que as circunstâncias adiaram mas do qual não abdicamos” e pretende “reverter a decisão hoje conhecida, para que o Serviço Nacional de Saúde ofereça, na nossa comunidade, a resposta de qualidade, a que os poveiros e os vilacondenses têm direito”.