Paredes é um concelho da Área Metropolitana do Porto, pertencente ao Distrito do Porto e à Região do Norte, com 86 854 habitantes. O município tem 156,76 km² de área e está subdividido em 18 freguesias, desde a reforma administrativa de 2013, que antes contava com 24. O município é limitado a norte por Paços de Ferreira, a nordeste por Lousada, a este por Penafiel, a sudoeste por Gondomar e a oeste por Valongo.
O município foi criado em 1836, sucedendo, em grande parte, ao antigo concelho de Aguiar de Sousa e integra a Rota do Românico do Vale do Sousa.
Paredes insere-se numa das regiões mais prósperas e paisagisticamente interessantes de Portugal: o Vale do Sousa. Actualmente, Paredes assenta no antigo concelho de Aguiar de Sousa, que data dos primórdios da Monarquia. O concelho de Aguiar de Sousa surgiu num pacto de povoamento de Vale do Sousa, tendo sido criado em meados do século XII. Consta, efectivamente, nas inquirições de 1258, mandadas fazer por D. Afonso III e conforme consta no fascículo II, Vol.I, do Corpus Codicum Latinorum. Aqui, são referidas, também, algumas das actuais freguesias do concelho de Paredes, pertencentes ao então julgado de Aguiar de Sousa: Estremir, Crestelo, Vilela, Bendoma, Ceti, Gondalães, Veiri e Gandera. Aguiar de Sousa recebeu foral em 1269, confirmado em 1411 por D. João I e reiterado por D. Manuel I em 1513. Sensivelmente na mesma altura, Baltar recebia também a categoria de concelho. Baltar foi elevada a categoria de vila, passando assim a ter enormes direitos, só comparáveis às maiores povoações do reino. D. João V, a 6 de Março de 1723, confirmou esses privilégios. Extinto em 1837, o concelho de Baltar era constituído por 9 freguesias: Baltar, Cête, Vandoma, Astromil, Gandra, Sobrado, S. Martinho do Campo, Rebordosa e Lordelo. À excepção de Sobrado e S. Martinho de Campo, que actualmente fazem parte de Valongo, todas as outras seriam posteriormente integradas no concelho de Paredes.
Foi durante o séc. XVIII que o lugar de Paredes, integrado na freguesia de Castelões de Cepeda, foi ganhando importância. Assim, em finais do séc. XVIII, já existiam os Paços do Concelho e o pelourinho.
Em 1821, Aguiar de Sousa era extinto como concelho e grande parte das suas freguesias eram anexadas a Paredes. Com a criação do concelho de Paredes, não só se extinguiu o de Aguiar de Sousa, como ainda o de Baltar, Louredo e Sobrosa, que emergiram da crise liberal e tiveram duração pouco superior a dois anos. O concelho de Paredes foi criado por Passos Manuel apenas em 6 de Novembro de 1836, como resultado do reordenamento do território que ocorreu com a entrada da Constituição de 1820. Nesta data, passou a conter algumas das freguesias do extinto concelho de Aguiar de Sousa, englobando um total de 23 freguesias. Em 1855, dos vários lugares da freguesia da Sobreira, criou-se a freguesia de Recarei.
Com esta configuração, Paredes passou a vila a 7 de Fevereiro de 1844, data do Alvará Régio de D. Maria II que elevava Paredes a essa categoria, com os correspondentes direitos e deveres por “a mesma povoação possuir os necessários elementos para sustentar com dignidade a categoria de vila”.
O concelho de Paredes possui uma grande tradição na indústria do mobiliário, assegurando cerca de 30% da produção nacional de mobiliário. A disponibilidade de capitais, graças ao regresso dos brasileiros de torna-viagem, nos finais do século XIX e início do século XX, contribuiu para o desenvolvimento desta indústria, e a relação tradição/modernidade da arte de trabalhar a madeira, nas suas diferentes vertentes, sustentam o produto turístico-cultural, denominado por “Rota dos Móveis”.
Paredes ascendeu à categoria de cidade a 20 de Junho de 1991.