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Diretor-geral da Riopele apela ao Governo de Portugal para estabilizar preço da biomassa

30 Setembro 2024
Diretor-geral da Riopele apela ao Governo de Portugal para estabilizar preço da biomassa
Economia
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O diretor-geral da têxtil Riopele, José Teixeira, apelou ao Governo de Portugal para criar condições para a estabilidade de preços da biomassa, tornando-a mais competitiva, sob pena de muitos utilizadores poderem voltar às caldeiras de gás.
Falando na inauguração de uma central fotovoltaica na Riopele, em Vila Nova de Famalicão, José Teixeira sublinhou que o incentivo a centrais de biomassa para promover a descarbonização e a limpeza das florestas “já está a causar pressão sobre o preço da própria biomassa”.
“Hoje, os combustíveis fósseis vieram para valores mais baixos e corre-se o risco, se continuar a subida do preço da biomassa, de, daqui a um ano ou dois, a indústria e os utilizadores de caldeiras de biomassa voltarem às caldeiras de gás, porque elas não desapareceram, elas continuam a existir, estão é desligadas”, alertou José Teixeira.
Por isso, defendeu, o legislador deve criar condições para haver estabilidade de preços da biomassa, evitando que entre em concorrência de preços com o gás natural.
“Para a indústria, a estabilidade do preço [das fontes de energia] é fundamental porque, grosso modo, representam um terço dos custos”, sublinhou o diretor-geral da têxtil Riopele.
Para José Teixeira, é fundamental que “da parte de quem cria as regras do jogo” haja incentivos à construção de centrais de biomassa, seja isentando de tributação, seja comparticipando nos custos da prospeção dessa biomassa nas florestas”.
Também presente na inauguração, o presidente do IAPMEI, Agência para a Competitividade e Inovação, José Pulido Valente, disse que tomou nota do pedido, admitindo que é preciso criar condições “para que a biomassa seja mais competitiva e mais atrativa”.
“Julgo que o problema atual é de falta de utilização de biomassa, não é de excesso de utilização de biomassa, portanto, terei que analisar melhor a questão, mas eu julgo que ainda há muita biomassa que não é aproveitada e, portanto, haverá excesso de oferta face à procura”, acrescentou o presidente do IAPMEI, José Pulido Valente.