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PSD de Matosinhos insta município a monitorizar qualidade da água das praias

6 Agosto 2024
PSD de Matosinhos insta município a monitorizar qualidade da água das praias
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O PSD de Matosinhos instou hoje o município a assegurar a monitorização da qualidade da água das praias, depois de os banhos terem sido desaconselhados pela terceira vez em Matosinhos, e apostar em novos métodos de limpeza.
“Os autarcas do PSD de Matosinhos não podem deixar de manifestar a sua preocupação pelos resultados demonstrados pelas diversas análises das águas balneares”, afirma Bruno Pereira.
Lembrando que a praia de Matosinhos, onde os banhos estão desaconselhados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) desde 2 de agosto devido a contaminação microbiológica, é “a principal praia urbana” da Área Metropolitana do Porto, Bruno Pereira defende que “seria bom que a Câmara finalmente tomasse medidas”.
“Não é aceitável expor a população a estas perigosidades”, considera, acusando a Presidente da Câmara, a socialista Luísa Salgueiro, de “nada fazer para minimizar este flagelo”.
“É de lamentar que nada seja feito para solucionar este assunto ou acautelar devidamente a saúde dos veraneantes”, observa Bruno Pereira.
Nesse sentido, o PSD insta o executivo a assegurar “a expensas próprias” a monitorização regular da qualidade da água das praias, garantindo a realização de análises semanais, a confrontar com as análises da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Os resultados devem ser afixados à entrada dos areais e nas concessões de praia, bem como publicados no ‘site’ e aplicação do município para acautelar a saúde dos veraneantes, acrescenta.
O PSD afirma ainda que o município “terá obrigatoriamente de apostar e evoluir” nos métodos de limpeza das praias e dos detritos que se vão acumulando no areal.
No comunicado, Bruno Pereira considera impressionante ainda existirem ligações indevidas de esgotos e linhas de água a desaguar nas praias do concelho.
“Qual a situação que pode alavancar as sucessivas interdições em Matosinhos?”, questiona o social-democrata, apontando como possibilidade a “obra na infraestrutura portuária de Leixões”.
“Mesmo tendo consciência plena da sua importância em termos económicos e geoestratégicos, importa respeitar o ecossistema e a saúde pública. Os Estudos de Impacto Ambiental desta obra, nunca deixaram de ser preocupantes, pois apontavam, entre outros, para a estagnação e deterioração da qualidade de água, do ar e dos solos, para a alteração morfológica das praias, afetando diretamente os desportos náuticos, a restauração, enfim, a economia local”, acrescenta Bruno Pereira.
Esta é a terceira vez desde o arranque da época balnear que os banhos estão desaconselhados na praia de Matosinhos, segundo o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).