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Iniciativa Liberal acusa Governo de Portugal de mentir e quer IVA da energia na taxa mínima

5 Setembro 2022
Iniciativa Liberal acusa Governo de Portugal de mentir e quer IVA da energia na taxa mínima
Política
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O presidente da Iniciativa Liberal (IL) considerou este sábado que o Governo de António Costa “é mentiroso” porque podia ter baixado “há meses” o IVA da energia para a taxa mínima de 6%, mas não o fez.
“Relativamente ao IVA [Imposto sobre Valor Acrescentado] da energia, vamos ver o que vai acontecer, mas ficamos a saber esta semana que já podia ter sido reduzido desde abril. Portanto este Governo não é só incompetente, este Governo não é só incapaz de pôr o país a crescer, este Governo mente. Mentiu durante meses sobre não ter autorização de Bruxelas para baixar o IVA da energia. Era mentira”, disse João Cotrim de Figueiredo.
O líder da Iniciativa Liberal (IL) disse que “não se compreenderia que não se fizesse a descida do IVA da energia”, considerando que “o Governo tem de baixar para a taxa mínima” como, “aliás, já fizeram a maior parte dos países que estão no mesmo barco”.
Na Póvoa de Varzim, onde visitou o mercado municipal, o líder da Iniciativa Liberal (IL) sublinhou que o Governo de António Costa “é mentiroso”, somando à questão da energia o episódio da nomeação não concretizada do antigo diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo, para assessor no Ministério das Finanças.
“Também era mentira que era essencial ter um cargo de assessor no Ministério das Finanças para Sérgio Figueiredo. Também percebemos que não era nada essencial porque o cargo não vai ser preenchido. Começa a ser evidente que além de incompetente, este é um Governo mentiroso”, disse João Cotrim de Figueiredo.
Para a Iniciativa Liberal (IL), “está na hora de os portugueses fazerem um bom exame de consciência para pensarem se é efetivamente um Governo incompetente e mentiroso que querem no poder”.
Já sobre as medidas de apoio às famílias, a Iniciativa Liberal (IL) diz que esperará para ver quantas delas “têm real impacto prático”.
“De anúncios por parte do PS estamos todos fartos”, frisou João Cotrim de Figueiredo.
O presidente da Iniciativa Liberal (IL) defendeu que “os Governos não devem ter uma atitude assistencialista e protecionista em relação às pessoas”, mas sim ter uma rede de segurança que impeça que as pessoas com maiores dificuldades fiquem sem problemas.
“E essa rede existe. Existe a Segurança Social. A visão assistencialista de que o Estado, perante qualquer problema deve resolver os problemas das pessoas, desresponsabiliza as pessoas”, defendeu.
Sobre a recusa e António Costa em criar um imposto extraordinário para as empresas que estão a lucrar com a inflação, João Cotrim de Figueiredo disse concordar com essa posição, porque o contrário seria “uma forma encapotada de aumentar a influência do Estado”.
“Seria uma forma de intervenção na economia com a qual não estamos de acordo. A partir do momento em que um Governo se sente no direito de tributar o que se chama de lucros extraordinários, fica com obrigações: definir o que é ordinário e extraordinário. É um desafio que falharia redondamente”, referiu.
Essa medida, pedida inclusivamente por vários deputados do Partido Socialista, está fora do pacote de apoios que será apresentado pelo Governo, primeiro para as famílias e depois para as empresas.
João Cotrim de Figueiredo falava aos jornalistas depois de conversar com comerciantes e clientes no mercado municipal da Póvoa de Varzim, uma visita dentro do roteiro “Rotas Liberais”, que diz ter como objetivo “ir ao terreno saber de viva voz o que preocupa as pessoas fora de campanha eleitoral e fora dos momentos políticos quentes”.
“Aqui constatei que estamos a começar a assistir à redução da capacidade de consumo as pessoas. A inflação começa a fazer a sua mossa”, concluiu João Cotrim de Figueiredo.