Última hora

Governo diz que Revive está em “velocidade cruzeiro” com investimento de 54 ME

26 Julho 2019
Governo diz que Revive está em “velocidade cruzeiro” com investimento de 54 ME
País
0

O Governo disse que o programa Revive, destinado à recuperação e requalificação de património público para fins turísticos, encontra-se em “velocidade cruzeiro”, indicando que os projetos já adjudicados representam um investimento superior a 54 milhões de euros.
“A capacidade que temos tido de colocar o programa Revive em velocidade cruzeiro, periodicamente indo lançando concursos, recebendo propostas, apreciando propostas, celebrando contratos, é um trabalho notável e estamos muito satisfeitos com o ritmo de execução”, declarou o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.
O ministro falava no lançamento da segunda edição do programa Revive, que decorreu num dos edifícios a reabilitar – o Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, em Lisboa, – numa sessão que contou, ainda, com a presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca, da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, e do presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo.
Nesta segunda edição, o programa Revive vai integrar mais 15 imóveis públicos a recuperar, que se juntam aos 33 anunciados em 2016, dos quais apenas um está já reabilitado e aberto ao público, o Convento de São Paulo (Elvas).
Além do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, identificado como Edifício Pombalino na Praça do Comércio, a segunda edição inclui monumentos nacionais como o Mosteiro de São José (Évora), a Fortaleza da Torre Velha (Almada) e o Quartel das Esquadras (Almeida), assim como vários imóveis de interesse público, como o Palacete Viscondessa de Santiago do Lobão (Porto), a Fortaleza da Juromenha (Alandroal) e o Forte da Cadaveira (Cascais).
Outros dos 15 imóveis são o Forte Velho do Outão (Setúbal), a Casa do Outeiro (Paredes de Coura), o Castelo de Almada, o Centro Educativo Vila Fernando (Elvas), a Casa das Fardas (Estremoz), a Quinta do Cabo das Lezírias (Vila Franca de Xira), Casa da Igreja (Mondim de Basto) e o Palacete Conde Dias Garcia (São João da Madeira).
“Aquilo que pretendemos é, verdadeiramente, que estes imóveis, testemunhos do nosso passado, possam conhecer uma nova utilização e ser colocados à fruição dos portugueses e daqueles que nos visitam, independentemente do modelo de ocupação que possam ter”, avançou o ministro Adjunto e da Economia, explicando que se trata de “imóveis que estão abandonados há muitas décadas”.
Para avançar com a recuperação deste património público, houve “um trabalho muito aturado” de estudo e de levantamento para saber qual o estado de conservação dos mesmos e conhecer quais os elementos patrimoniais a preservar numa reabilitação, referiu Pedro Siza Vieira, em declarações aos jornalistas sobre os dados da primeira edição do programa.
Segundo informação da página do Revive, disponibilizada ‘on-line’ pelo Turismo de Portugal, dos 33 imóveis anunciados em 2016, apenas um tem o projeto concluído (o convento em Elvas), oito têm concursos concluídos, oito têm concursos abertos e os restantes 16 edifícios – quase metade do total – ainda não têm o processo de reabilitação em curso.
“Relativamente aos projetos que já estão adjudicados, o investimento total que está previsto é de cerca 54,5 milhões de euros, portanto são investimentos significativos. À medida que formos recebendo novas propostas e adjudicando novos contratos vamos ver qual é o investimento que cada um deles envolve”, indicou o responsável pela pasta da Economia.
Dos 17 concursos lançados para imóveis da primeira edição do Revive, o Governo prevê que, até final deste mês, estejam oito imóveis adjudicados, tendo ainda anunciado o lançamento do 18.º concurso público, para a concessão do Forte da Ínsua, em Caminha.
O presidente do Turismo de Portugal adiantou que os projetos no âmbito da primeira edição do Revive representam “120 milhões de euros de investimento e um milhão de euros em rendas anuais”.