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5 anos de prisão e 714 mil euros de indemnização por deixar vítima tetraplégica na Póvoa de Varzim

26 Março 2019
5 anos de prisão e 714 mil euros de indemnização por deixar vítima tetraplégica na Póvoa de Varzim
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Um comerciante de produtos hortícolas foi surpreendido à porta do armazém, em Estela, Póvoa de Varzim, ao final da tarde de 16 fevereiro de 2016. O homem, de 40 anos de idade, levou um tiro no pescoço que o deixou tetraplégico. A vítima do disparo depende agora totalmente de terceiros e está internado numa unidade de cuidados continuados. O autor da tentativa de homicídio, um jovem de 22 anos de idade, foi esta semana condenado, no Tribunal de Matosinhos, a cinco anos de prisão efetiva e vai ter que pagar 714 mil euros de indemnização à vítima.
Nem durante a investigação, nem no julgamento, foi possível apurar qual a razão que esteve na origem do crime, mas em tribunal, o de produtos hortícolas disse que não sabia porque o jovem, que viajou de Espanha até Estela, na Póvoa de Varzim, disparou.
O comerciante de produtos hortícolas chegou a colocar a hipótese de ter sido um tiro por encomenda, mas ficou sem saber a razão. Além do jovem de 22 anos de idade, que tem nacionalidade portuguesa, outra arguida foi também julgada, mas acabou absolvida, já que não se provou que foi esta mulher que conduziu o jovem ao local do crime.
“O modo de atuação do arguido revelou uma conduta bastante censurável, uma vez que aguardou pelo menos por um período de uma hora para que o ofendido se encontrasse sozinho, a fim de o surpreender e contra o mesmo disparar”, pode ler-se no acórdão do Tribunal de Matosinhos.
O comerciante de produtos hortícolas, que tem uma filha de 17 anos, mostrou-se muito revoltado durante o julgamento, dizendo-se “incapaz”. Esteve em coma e durante 10 meses internado em hospitais.
O arguido, que está preso, tem ainda que pagar 21 mil euros ao Hospital Pedro Hispano.