Última hora

Mais de 50 Bombeiros Voluntários de Vila do Conde pedem passagem à reserva

6 Fevereiro 2018
Mais de 50 Bombeiros Voluntários de Vila do Conde pedem passagem à reserva
Local
0

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde e, consequentemente, o seu Corpo de Bombeiros, tem vivido um clima de grande instabilidade nos últimos tempos.
A Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila do Conde reuniu em Assembleia Geral, por duas vezes, em dezembro passado, com o intuito de aprovar o orçamento e o plano de atividades que foram reprovados, por duas vezes, pelos associados.
Na altura, alguns elementos da Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila do Conde solicitaram ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral que procedesse à destituição imediata da Direção desta Associação, com base em alegadas práticas incongruentes de gestão que comprometem a prestação de socorro à população de Vila do Conde.
Agora, mais de 50 Bombeiros Voluntários de Vila do Conde pediram a passagem ao quadro de reserva devido a um alegado “clima de hostilidade” promovido pela direção, considerando que a prestação de socorro está assim “posta em causa”.
O associado e bombeiro da corporação de Voluntários Vila do Conde José Eduardo Pedrosa afirmou que o pedido de passagem ao quadro de reserva de mais de meia centena de bombeiros, na passada sexta feira, 2 de fevereiro “tem a ver com o clima de crispação que tem existido” na corporação e que “vem desde que os atuais órgãos sociais da Associação Humanitária tomaram posse, em abril do ano passado”.
Segundo José Eduardo Pedrosa, com este pedido, “restam agora pouco mais de 40 profissionais e alguns voluntários” a prestar socorro à população, um número que para o Bombeiro Voluntário de Vila do Conde “não é suficiente”.
Joaquim Moreira, Comandante da Corporação de Bombeiros de Vila do Conde, diz que o número de bombeiros voluntários que fez o pedido “ultrapassa já os 60” e concorda que a situação põe em causa o socorro.
José Eduardo Pedrosa diz que a direção, presidida por Emília Furtado, “tem exercido pressões diversas sobre o comandante e sobre os bombeiros, tem desvalorizado a sua competência e capacidade de comando e tem contribuído para o comprometimento do socorro em Vila do Conde com estas atitudes e com o desinvestimento em profissionais, viaturas e equipamentos”.
“A ausência de resposta às solicitações dos associados, enviadas por email e por carta registada, que não obtiveram qualquer explicação ou resposta; A não observância dos pareceres obrigatórios do Conselho Fiscal em sede de apreciação e votação do orçamento e plano de atividades para o ano de 2018; A marcação de assembleias gerais ordinárias fora dos prazos previstos e consagrados nos Estatutos da nossa Associação; A insensata e obstinada “obra do regime” que a Direção quer levar a cabo sem a prévia e devida apresentação aos sócios e consequente validação em sede de Assembleia Geral, conforme os mesmos Estatutos referem”, são alguns dos problemas que os Bombeiros Voluntários de Vila do Conde querem ver resolvidos.