Fundo Antin ausculta mercado para vender Indaqua por mais de 800 milhões de euros

Economia

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Dois anos depois de ter comprado a Indaqua – a maior empresa privada do setor da água do país – o fundo Antin Infrastructure Partners está a agora a auscultar o mercado à procura de potenciais interessados em comprar a empresa, escreve esta sexta feira o Jornal Económico.
O fundo Antin Infrastructure Partners comprou a Indaqua por cerca de 625 milhões de euros. Agora, o valor em cima da mesa supera os 800 milhões de euros, sendo que na corrida entre os potenciais compradores destaca-se o fundo britânico Equitix, especialista em infraestruturas.
Caso a venda avance, será a quarta vez que a Indaqua muda de donos nos últimos seis anos.
Em 2016, a Mota-Engil vendeu a sua posição de controlo na empresa, por 60 milhões de euros, à Miya, empresa fundada pela empresária israelo-americana Shari Arison – considerada a mulher mais rica de Israel -, integrando o grupo de investimento Arison.
Mais tarde, em dezembro de 2018, o grupo português acabou também por alienar, à mesma Miya, a sua posição maioritária na Vista Water, empresa angolana que desenvolve neste País Africano de Língua Oficial Portuguesa sistemas de abastecimento de água urbanos e rurais.
Três anos depois, no início de 2019, o grupo israelita vendeu a Miya Water, a empresa que detém a Indáqua, à “private equity” internacional Bridgepoint.
A 10 de setembro de 2020, a Bridgepoint anunciou que firmou a venda do controlo da Miya Water ao fundo Antin Infrastructure Partners, empresa fundada pelo francês Alain Rauscher e o britânico Mark Crosbie, e que conta com escritórios em Londres, Paris, Luxemburgo e Nova Iorque.
A Bridgepoint não revelou na altura o valor da operação, mas fontes do mercado financeiro avançavam que o negócio rondaria os 600 milhões de euros, sabendo-se mais tarde que a operação rondou os 625 milhões de euros.
A Indaqua tem hoje cinco concessões municipais de distribuição de água – em Santo Tirso/Trofa, Santa Maria da Feira, Matosinhos, Vila do Conde e em Oliveira de Azeméis – e uma parceria público-privada (PPP), sendo o maior operador privado no setor da água em Portugal, abastecendo cerca de 600 mil pessoas.