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Polícia Judiciária deteve 2 autarcas e funcionário suspeitos de associação criminosa e prevaricação

30 Outubro 2022
Polícia Judiciária deteve 2 autarcas e funcionário suspeitos de associação criminosa e prevaricação
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A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quinta feira três pessoas, dois autarcas e um funcionário, suspeitos da prática dos crimes de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e participação económica em negócio.
A PJ anunciou em comunicado que as detenções na Operação Alquimia ocorreram no âmbito de uma investigação da criminalidade económico-financeira, num inquérito titulado pelo Ministério Público – Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto.
De acordo com a diretoria do Norte da Judiciária, foram executadas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local e diversas empresas nos concelhos de Montalegre, Braga, Famalicão e Vila do Conde, tendo-se procedido à detenção de três indivíduos.
Os detidos são dois titulares de cargos políticos e um funcionário que, segundo a PJ, se encontram indiciados pela prática dos crimes de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e participação económica em negócio.
A PJ explicou que a investigação versa sobre “um volume global de procedimentos de contratação pública, no período de 2014 a 2022, suspeitos de viciação para benefício de determinados operadores económicos, num valor que ascende a 20 milhões de euros”.
Nesta operação, estiveram presentes magistrados judiciais e do Ministério Público e estiveram envolvidos investigadores da Diretoria do Norte e ainda dos Departamentos de Investigação Criminal de Vila Real e de Braga, bem como de peritos financeiros e informáticos de várias estruturas da Polícia Judiciária.
No decurso da operação policial foi apreendida documentação diversa relativa à prática dos factos e material informático com possível alcance probatório.
Os detidos vão ser presentes à autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, para primeiro interrogatório judicial e aplicação de eventuais medidas de coação.