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CDS-PP vende sede de Vila do Conde para pagar dívidas nacionais à revelia de militantes locais

22 Outubro 2022
CDS-PP vende sede de Vila do Conde para pagar dívidas nacionais à revelia de militantes locais
Política
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Os elementos da Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Vila do Conde renunciaram aos seus cargos, depois da estrutura nacional do partido ter vendido o edifício onde estava a sede vilacondense.
Em comunicado, os elementos do CDS-PP de Vila do Conde mostraram “surpresa” pela decisão do partido em alienar o edifício, situado numa nobre zona ribeirinha da cidade, e que há vários anos acolhia a atividade dos militantes locais, desde o final dos anos 80, e que tinha sido doada na totalidade por vilacondenses ao partido.
No final dos anos 80, um grupo de correligionários do CDS-PP decidiu angariar fundos para adquirir uma sede para o partido, contando, até, com contributos de militantes e simpatizantes de outras ideologias políticas para a edificação da sede de Vila do Conde dos centristas.
A sede da Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Vila do Conde não pesava no orçamento nacional do partido, uma vez que quem suportava as despesas da sua manutenção eram os seus militantes. Água, luz, comunicações e manutenções da sede da Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Vila do Conde eram custeadas, frequentemente, por elementos centristas vilacondenses, daí ficarem “estupefactos” com a venda do edifício e renunciarem ao cargo, por considerarem terem sido menosprezados.
A sede da Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Vila do Conde foi adquirida no final dos anos 80 por um grupo de centristas vilacondenses, com o apoio de militantes e simpatizantes de outras forças políticas, por 2.500 contos, e doada na totalidade ao então Partido do Centro Democrático Social (CDS). E durante mais de 30 anos foi maioritariamente mantida por correligionários do CDS-PP de Vila do Conde, com poucas ou nenhumas ajudas do partido nacional.
Agora, a sede da Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Vila do Conde foi vendida, à revelia de militantes locais, por cerca de 170 mil euros (estava hipotecada ao banco, por crédito, no valor de cerca de 130 mil euros), a comprador não identificado e o resultado da operação é de cerca de 40 mil euros a favor do CDS-PP, para fazer face ao cerca de milhão e duzentos mil euros de dívidas a credores e fornecedores.