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PSD congratula-se com recusa do Governo de imposto sobre lucros extraordinários

6 Setembro 2022
PSD congratula-se com recusa do Governo de imposto sobre lucros extraordinários
Política
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O presidente do PSD congratulou-se na passada sexta feira com a eventual decisão do Governo de Portugal de recusar um imposto sobre os lucros extraordinários das empresas, embora considerando que vem “uma vez mais a reboque” dos sociais-democratas.
“Só posso congratular-me com isso e dizer ao Primeiro-Ministro que está no bom sentido porque criar novos impostos nesta altura era um sinal absolutamente errado que nós vamos dar aos investidores, aqueles que queremos que possam trazer para Portugal o seu capital e o seu risco para poderem apostar na nossa capacidade produtiva”, afirmou Luís Montenegro aos jornalistas, durante uma visita à AgroSemana – Feira Agrícola do Norte, na Póvoa de Varzim.
O líder social-democrata alegou, porém, que também neste caso “o Governo vem a reboque daquilo que é a posição do PSD”.
O presidente social-democrata reagia a uma notícia do jornal Público segundo a qual o Governo recusa avançar com um imposto sobre lucros extraordinários das empresas.
Luís Montenegro salientou que o PSD apresentou um programa de emergência social e o Governo “veio a reboque”, entendeu que o IVA da eletricidade, do gás e dos combustíveis deve baixar para a taxa mínima e, aparentemente, o Governo “virá a reboque” e no caso da criação de um novo imposto sobre lucros também “veio a reboque”.
O social-democrata disse esperar que, de futuro, o Governo possa ter uma capacidade de iniciativa “mais célere” e que não seja preciso estar à espera do principal partido da oposição para decidir.
Também na sexta feira, os sociais-democratas concretizaram em forma de projeto de resolução – uma recomendação ao Governo, sem força de lei – as propostas que Luís Montenegro já tinha anunciado a meio de agosto na Festa do Pontal de apoio a famílias e empresas, a que foi acrescentada a proposta de redução do IVA da energia para a taxa mínima (6%).
O valor global do programa de emergência social rondará os 1,5 mil milhões de euros, uma subida em relação ao valor inicial indicado por Luís Montenegro (mil milhões), diferença justificada pelo líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, com o “agravar da situação das famílias e das empresas” e por a execução orçamental de julho ter demonstrado que “há uma receita adicional muito significativa”.