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Ministério Público acusa dois arguidos de burla e roubo a idosos em sete concelhos do Norte

11 Julho 2022
Ministério Público acusa dois arguidos de burla e roubo a idosos em sete concelhos do Norte
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O Ministério Público (MP) acusou dois arguidos de burla e roubo de dinheiro e ouro a idosos em vários concelhos do Norte, fazendo-se sempre passar por trabalhadores da Segurança Social, do Centro de Saúde ou de Instituição Particular de Solidariedade Social locais.
Em nota agora publicada na sua página, a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) refere que as burlas foram consumadas em Esposende, Barcelos, Vila do Conde, Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira, Póvoa de Varzim e Arcos de Valdevez, entre 28 de setembro e 21 de dezembro de 2021.
O Ministério Público (MP) considerou indiciado que os dois arguidos, atuando em conjugação de esforços, “apoderaram-se, ou procuraram apoderar-se, de objetos de ouro e de dinheiro pertença de pessoas idosas de condição social modesta, desacompanhadas e muitas vezes fragilizadas por doença”.
Para tal, percorriam de carro vários concelhos, “à procura de idosos que encaixassem no seu perfil de atuação, entabulando conversa com os mesmos”.
Intitulavam-se trabalhadores da Segurança Social, do Centro de Saúde ou de Instituição Particular de Solidariedade Social locais e diziam que estavam a fazer um levantamento das necessidades sociais ou de saúde desses idosos.
Na conversa, questionavam sobre ouro e dinheiro, conseguindo assim saber os locais onde os idosos guardavam esses bens.
Bens de que depois se apropriavam, levando os idosos a entregar-lhos “ao engano” ou tirando-lhos à força ou sem que os mesmos dessem conta.
O Ministério Público contabiliza na acusação apropriações de objetos de ouro e dinheiro, no referido período, no valor de pelo menos 9.620 euros.
Ainda segundo o Ministério Público, os objetos de ouro eram depois canalizados para um estabelecimento que se dedicava à compra e venda de ouro usado, na Póvoa de Varzim, cujo dono também é arguido, por recetação.
Os dois arguidos autores das burlas estão em prisão domiciliária, respondem por quatro crimes de burla qualificada, dois dos quais na forma tentada, dois crimes de roubo qualificado e três crimes de furto qualificado, um deles está ainda acusado de um crime de detenção de arma proibida.