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Mais de metade dos trabalhadores por conta de outrem em 2020 estavam em 16 cidades nacionais

25 Julho 2022
Mais de metade dos trabalhadores por conta de outrem em 2020 estavam em 16 cidades nacionais
Economia
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Mais de metade dos 2,245 milhões de trabalhadores por conta de outrem registados em 2020 em Portugal trabalhavam em 16 cidades do país, sendo o seu vencimento médio mensal 161 euros superior à média nacional, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“No âmbito dos Quadros de Pessoal, em 2020, estavam registados em Portugal 2.244.715 trabalhadores por conta de outrem (TCO), com horário completo e remuneração completas. Nas 16 cidades portuguesas definidas a nível europeu exerciam atividade 1.133.890 TCO, que representavam 51% do total”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE) no destaque ‘Cidades e Áreas Urbanas Funcionais’.
As 16 cidades portuguesas definidas a nível europeu (Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Funchal, Guimarães, Lisboa, Paredes, Ponta Delgada, Porto, Póvoa de Varzim, Setúbal, Sintra, Viana do Castelo, Vila Franca de Xira e Viseu) definem-se como “áreas densamente povoadas (de acordo com a tipologia DEGURBA – Grau de urbanização)” que “correspondem a unidades territoriais ao nível das unidades administrativas locais onde, pelo menos, 50% da população vive em centros urbanos”.
Já nas 12 Áreas Urbanas Funcionais (FUA) definidas a nível europeu – áreas constituídas por uma cidade e a sua respetiva área envolvente, delimitada com base nos movimentos pendulares – exerciam atividade 1.360.456 trabalhadores por conta de outrem (61% do total), sendo que “só as FUA de Lisboa e do Porto concentravam 46% dos TCO com atividade em Portugal”.
As 12 FUA identificadas em Portugal são Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Funchal, Guimarães, Lisboa, Ponta Delgada, Porto, Póvoa de Varzim, Viana do Castelo e Viseu, sendo que, para além de outros territórios, a FUA de Lisboa compreende as cidades de Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira e a FUA do Porto inclui a cidade de Paredes.
“De uma forma geral, as cidades constituem polos de emprego, atraindo mais TCO do que aqueles que residem nestes territórios”, refere o INE.
Segundo o instituto estatístico, “mesmo considerando as 12 FUA, que incluem, para além da cidade, as áreas de mobilidade pendular, apenas as FUA de Faro, Coimbra e Póvoa de Varzim apresentam um número de TCO residentes superior aos TCO que aí exerciam a sua atividade”.
Os dados do INE apontam ainda que, em 2020, “o ganho médio mensal dos TCO para o conjunto das 16 cidades e das 12 FUA portuguesas era de 1.408 euros e 1.366 euros, respetivamente, valores que se encontravam acima da média nacional (1.247 euros).
O instituto destaca o facto de “apenas a cidade (1.589 euros) e a FUA (1.500 euros) de Lisboa registarem ganhos médios mensais superiores àqueles referenciais”.
“Os resultados evidenciam também que o ganho médio mensal dos TCO nas cidades do Porto (1.350 euros), Aveiro (1.286 euros), Vila Franca de Xira (1.273 euros), Setúbal (1.257 euros) e Sintra (1.255 euros) era superior à média nacional e que, por outro lado, as cidades de Viseu (1.065 euros), Póvoa de Varzim (1.030 euros), Guimarães (1.014 euros) e Paredes (961 euros) registaram valores inferiores ao ganho médio mensal dos TCO em territórios não incluídos em cidades (1.083 euros)”, acrescenta.
No caso dos territórios correspondentes a áreas urbanas funcionais, o INE refere que, “a par da FUA de Lisboa, apenas a FUA do Porto (1.302 euros) apresentava um ganho médio mensal acima da média nacional (1.247 euros)”.
Em 2020, a proporção de TCO com ensino superior era mais elevada nas áreas urbanas funcionais de Lisboa (33,3%) e Porto (30,4%), as únicas com valores acima da média registada para o total de territórios incluídos em FUA (29,8%).
Com valores acima da média nacional, o Instituto Nacional de Estatística (INE) destaca as áreas urbanas funcionais de Coimbra (26,9%), Aveiro (25,5%) e Braga (24,8%). As áreas urbanas funcionais de Ponto Delgada (15,3%) e Guimarães (14,6%) registaram os valores menos expressivos neste indicador, e abaixo do total para os territórios não incluídos em FUA (15,6%).
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) evidenciam ainda que, nas áreas urbanas funcionais, o ganho médio mensal dos TCO com nacionalidade da UE27 era 42% mais elevado que o ganho médio mensal do total de TCO e que “as FUA de Faro e do Funchal registaram as proporções mais elevadas de TCO com contrato de trabalho de duração limitada”.