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Cooperativa Agrícola de Vila do Conde inaugura fábrica para tornar agricultores competitivos

25 Julho 2022
Cooperativa Agrícola de Vila do Conde inaugura fábrica para tornar agricultores competitivos
Economia
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A Cooperativa Agrícola de Vila do Conde inaugurou na passada sexta feira uma fábrica de produção de rações para animais, num investimento de 10 milhões de euros, que vai ajudar aos seus associados a serem mais competitivos no mercado.
O equipamento, que começou a ser construído em 2019 e já está em funcionamento, vem responder às necessidades das mais de 300 explorações agrícolas da região dedicadas ao setor leiteiro, garantindo um fornecimento de rações mais estável, de maior proximidade, e com uma expectável redução de custos.
“No âmbito da nossa cooperativa, temos cerca 40.500 animais e a sua alimentação é um dos fatores mais importantes da atividade. Temos equipas técnicas que fazem visitas às explorações e produzem uma ração adequada para cada uma delas. Isso é uma vantagem para os agricultores”, explicou António Balazeiro, presidente da Cooperativa Agrícola de Vila do Conde.
O dirigente lembra que com este controlo da cadeia produtiva dos alimentos compostos para os animais, “os agricultores ficam menos vulneráveis à instabilidade no mercado das rações”, afetado pela pandemia da Covid-19 e, mais recentemente, com a guerra na Ucrânia.
“Dá-nos mais tranquilidade e confiança, porque trabalhamos em circuito fechado. O que mais se gasta numa exploração são os alimentos para os animais, e controlando esse processo temos uma vantagem competitiva no mercado”, analisou António Balazeiro.
Ainda assim, o dirigente lembra que o conflito no leste da Europa está a criar disrupções na aquisição de matérias-primas “que só com muita ginástica” têm sido colmatadas.
“Tivemos de procurar novos fornecedores, mas com o problema da especulação isso refletiu-se nos preços, e não tanto na escassez”, explicou.
António Balazeiro aponta, também, que a situação de seca vai ter consequências no futuro, lembrando que “as temperaturas elevadas e a falta de humidade devem afetar as produções de grão, nomeadamente milho”, antecipando uma subida nos custos das explorações.
Sobre os próximos projetos da Cooperativa Agrícola de Vila do Conde, o dirigente mostrou ambição, mas também alguma prudência.
“Temos de dar um passo de cada vez. Esta nova fábrica já representou um investimento considerável. Neste momento, o mercado está completo em outras cadeias, como no leite, na carne, ou nas hortícolas. Temos de ir avaliando as necessidades dos associados”, concluiu António Balazeiro.