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Associação Tarecos & Patudos de Vila do Conde adia encerramento com providência cautelar

29 Julho 2022
Associação Tarecos & Patudos de Vila do Conde adia encerramento com providência cautelar
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A Associação Tarecos & Patudos, com sede em Labruge, Vila do Conde, que estava intimada a encerrar, esta quarta feira, as suas instalações de abrigo para animais abandonados, conseguiu um adiamento de duas semanas, através de uma providência cautelar.
A ação, que deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, contestando o encerramento compulsivo das instalações, decretado pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), mereceu provimento do juiz, dando mais 10 dias úteis para que a associação encontre solução para os animais que faltam adotar.
“Foi um alívio, porque dá-nos mais algum tempo para tentar descobrir uma família para os seis cães que nos restam, que têm problemas de socialização. Estamos a trabalhar muito para que isso aconteça”, disse Liliana Oliveira, presidente da associação.
A responsável mostrou-se “muito grata” a todas as pessoas que, nas últimas semanas, abraçaram o apelo para a adoção dos 34 cães e 18 gatos que a Tarecos & Patudos acolhia, esperando que essa “onda de solidariedade se mantenha”.
“A nossa preocupação, agora, é dar um lar a estes seis animais. Não queremos que sejam transferidos para outras associações. Depois, vamos ver como será o futuro da associação. O que sabemos é que temos muitas pessoas que nos apoiam”, confessou Liliana Oliveira.
O abrigo da Tarecos & Patudos, localizado na freguesia da Labruge, em Vila do Conde, e que funcionava desde 2018, recebeu ordem para cessar a sua atividade, depois de uma inspeção do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da Guarda Nacional Republicana (GNR) e dos serviços veterinários municipais de Vila do Conde não terem validado as instalações, apontando, essencialmente, riscos de segurança.
A associação até mostrou disponibilidade para colmatar essas deficiências, mas o abrigo está instalado num terreno que não está legalizado para o efeito por parte da Câmara Municipal de Vila do Conde.
“Não estamos de forma ilegal no terreno, é um espaço, no meio de campos, que nos foi cedido para utilização pelo proprietário. O que não está legal são as instalações para os animais que construímos. Já tivemos reuniões na autarquia para resolver o problema, mas nunca deram efeito. Há uma promessa de termos um novo terreno com todas as condições, mas até agora nada. Vamos lutar por isso”, explicou a presidente da associação.