Centenas de obras assinadas por Porta Missé abandonadas à porta de prédio em Vila do Conde

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Centenas de quadros, esboços, estudos, esculturas e obras de arte, datadas desde os anos 40 até à atualidade, assinadas pelo artista catalão Josep Maria Porta Missé, foram deixadas à porta de um prédio na Rua da Independência da Guiné, em Vila do Conde.
A Brigada de Arte da Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o caso, mas tudo indica que se trata de uma questão relacionada com uma herança, dado a autenticidade das obras. As autoridades policiais espanholas já foram contactadas, mas, até lá, as obras de arte estão à guarda da Polícia Judiciária (PJ).
Pela quantidade e pelo tipo de documentos artísticos encontrados, as autoridades desconfiam que possa ser todo o espólio do artista catalão Josep Maria Porta Missé, nascido em 1927, falecido há cerca de meio ano.
“Era aqui um corrupio de polícia nunca visto”, explicou um dos moradores do Edifício Bissau, na Rua Independência da Guiné, no centro da cidade.
O alerta, contou, terá sido dado pelos próprios Bombeiros, que foram à rua alertados para a presença de um indivíduo embriagado caído na via pública. Em menos de uma hora, havia já um batalhão de gente. Eram 9 horas. “Houve vizinhos que se aperceberam. Foi tudo descarregado de madrugada por dois indivíduos de uma transportadora”, continuou a contar o mesmo morador.
Até agora, o que se sabe é que o insólito foi descarregado de madrugada por dois indivíduos estrangeiros de uma transportadora internacional, já identificados pela Polícia Judiciária (PJ), mas que por não falarem português não deram mais esclarecimentos quanto à proveniência ou à propriedade da carga.
Numa pesquisa rápida pela Internet reconhecem-se facilmente as obras do artista catalão Josep Maria Porta Missé, mas até as autoridades policiais averiguarem a quem pertencem as obras a questão da autenticidade das peças não se coloca.