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Indaqua desenvolve tecnologia que antecipa risco de poluição atmosférica e odores das ETAR

28 Abril 2022
Indaqua desenvolve tecnologia que antecipa risco de poluição atmosférica e odores das ETAR
Tecnologia
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A Indaqua, responsável pelo tratamento de águas residuais de Matosinhos, Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Feira, está a desenvolver uma tecnologia que permite identificar fontes de maus odores em ETAR e reduzir o seu impacto.
De acordo com a nota enviada pela empresa, “o modelo de base tecnológica está a ser desenvolvido e testado”, em Matosinhos, no distrito de Porto, “podendo vir a ser disponibilizado a outras entidades gestoras brevemente”.
A companhia opera 12 Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) que servem cerca de 450 mil habitantes do Grande Porto e está a investigar “um modelo capaz de analisar a dispersão de poluentes atmosféricos em torno das ETAR, criando uma base preditiva para o seu comportamento”.
“Através da monitorização em tempo real do funcionamento da ETAR e da qualidade do ar ao seu redor, esta tecnologia permite identificar fontes de maus odores e atuar de forma preventiva, isto é, antecipando riscos de poluição e gerindo as operações de forma a reduzir a disseminação potencial das emissões gasosas”, concretiza o comunicado.
Esta solução “traz ainda ganhos de eficiência na resposta a eventuais situações em que a qualidade do ar seja afetada, permitindo atuar de forma rápida para minimizar os impactos para a população e território envolvente”.
Citado na nota de imprensa, o presidente executivo (CEO) do grupo, Pedro Perdigão, explica que, ainda que se procure “minimizar sempre o impacto das ETAR, nomeadamente na qualidade do ar, é natural que, no decorrer da sua ininterrupta operação, existam situações pontuais em que as emissões gasosas são mais percetíveis para a população”.
“O que este modelo permite é, não só diminuir os riscos potenciais de poluição, mas também identificar e solucionar rapidamente situações em que as emissões possam afetar a área circundante”, prossegue o responsável.
Pedro Perdigão destaca ainda que “as soluções disponibilizadas atualmente no setor das águas residuais não contemplam uma resposta global aos riscos de poluição atmosférica de instalações tão complexas quanto as ETAR”.
“Existem apenas mecanismos muito fragmentados ou especializados em diferentes vertentes desta problemática. Por isso, o modelo que estamos a criar trará uma resposta inovadora e transversal às necessidades do setor”, conclui.
Esta iniciativa faz parte de um conjunto de investimentos da Indaqua em Investigação e Desenvolvimento que a empresa tem vindo a implementar desde 2016, que resultou em 13 projetos “para criar respostas de base tecnológica que permitam ganhos de eficácia na gestão do abastecimento de água e saneamento de águas residuais”.
“O conjunto de todos os projetos totaliza um investimento de quatro milhões de euros, comparticipados em parte pelo Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (SIFIDE) da responsabilidade da Agência Nacional de Inovação”, adianta a empresa.
Para além dos municípios onde gere as 12 ETAR, Matosinhos, Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Feira, estes últimos dois no distrito de Aveiro, a Indaqua atua também na Trofa, em Santo Tirso e em Vila do Conde, no distrito do Porto.
A empresa, fundada em 1994, é responsável pelo saneamento de águas residuais e pela gestão de sistemas de abastecimento de água.