S&P espera consolidação orçamental e execução do PRR após maioria absoluta do PS nas eleições

Economia

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A S&P Global acredita que a maioria absoluta conquistada pelo PS nas eleições legislativas do passado domingo se irá traduzir em consolidação orçamental e na implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), melhorando ainda as previsões para o défice em 2021.
Segundo um comentário da agência de notação financeira divulgado esta segunda feira, e que não constitui nenhuma ação de ‘rating’, “Portugal irá avançar com a consolidação orçamental e com a implementação do plano de Recuperação e Resiliência depois das eleições antecipadas de domingo terem dado ao Partido Socialista uma maioria parlamentar absoluta”.
A S&P Global recorda que o país deverá receber 16,6 mil milhões de euros, pouco menos de 8% do Produto Interno Bruto (PIB), ao abrigo do Next Generation EU, através de subvenções e empréstimos até 2026.
A agência projeta ainda que Portugal tenha registado um défice orçamental de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, melhorando a anterior estimativa de défice de 4,4%.
Os analistas da S&P Global assinalam que este seria “o segundo défice mais baixo entre os países da zona euro”, de acordo com as suas projeções.
“Portugal alcançou este resultado apesar do impacto negativo da pandemia no seu setor-chave do turismo, que representava 8,4% do valor acrescentado bruto e 10% do emprego antes da pandemia”, refere a nota.
A S&P Global antecipa ainda que assim que a situação pandémica estabilize, Portugal deverá registar uma “forte recuperação das receitas do turismo” e que a economia cresça 5,7%, “beneficiando as finanças públicas”.
Neste sentido, a S&P Global projeta um défice orçamental de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e uma diminuição do peso da dívida pública para 115% até ao final deste ano, depois do pico de 122%.