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Coordenadora do BE diz que demissões são “sinal da fragilidade” do Serviço Nacional de Saúde

27 Dezembro 2021
Coordenadora do BE diz que demissões são “sinal da fragilidade” do Serviço Nacional de Saúde
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A coordenadora do BE sustentou hoje que as demissões de profissionais de saúde são “sinal da fragilidade” do Serviço Nacional de Saúde e que vão “continuar a suceder-se” porque o prometido pelo Governo “ficou por concretizar”.
“As demissões vão continuar a suceder-se e são o sinal da fragilidade do SNS porque tudo o que foi prometido ficou por concretizar”, defendeu Catarina Martins.
Em declarações aos jornalistas, a dirigente bloquista disse ter recebido “sem surpresa”, mas com “preocupação”, a demissão, na sexta feira, dos chefes de equipa de urgência do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, por “grave carência de recursos humanos médicos”.
“Os trabalhadores da saúde estão exaustos e são necessárias medidas para que possam continuar a trabalhar. As direções [hospitalares] veem-se sem condições de assumirem a sua responsabilidade uma vez que não têm os trabalhadores necessários para garantir o melhor acesso à saúde a toda a população”, observou a líder bloquista.
Dizendo não compreender que “se poupe na saúde em tempo de pandemia”, Catarina Martins afirmou que as verbas alocadas ao setor “nem sequer são gastas”.
“O BE viabilizou um Orçamento de Estado suplementar em 2020 para reforçar as verbas da saúde face à pandemia e o Governo não executou 700 milhões de euros que poderia ter executado no SNS”, afirmou Catarina Martins.
A coordenadora do BE criticou a “enorme negligência” para com as condições do SNS, lembrando, contudo, que os trabalhadores “têm feito milagres”.
Aos jornalistas, Catarina Martins lamentou também que o Primeiro-ministro, António Costa, “não tenha dito nada das condições concretas do SNS e dos trabalhadores da saúde” na sua mensagem de Natal, na qual abordou a pandemia.
“O facto de o Governo reiteradamente não executar as verbas que tem disponíveis para investimento na saúde, reiteradamente recusar reforçar as equipas, nomeadamente, as que acompanham [os doentes com] covid-19, é incompreensível e sobre isso não ouvimos uma palavra”, notou Catarina Martins.