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Trabalhadores da Docapesca em greve por aumentos salariais e revisão de condições

8 Setembro 2021
Trabalhadores da Docapesca em greve por aumentos salariais e revisão de condições
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Os trabalhadores da Docapesca marcaram uma greve para dia 8 de setembro em defesa de aumentos salariais e da revisão do Acordo de Empresa, impedidos pelo Ministério das Finanças, foi divulgado pelo seu sindicato.
O Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca emitiu na passada terça feira um pré-aviso de greve dirigido à administração da Docapesca, ao Ministério do Mar e ao Ministério do Trabalho, a informar que a paralisação de 24 horas será a todo o trabalho.
O coordenador do sindicato, Paulo Lopes, disse que o conflito laboral tem a ver com o facto de o Ministério das Finanças não ter permitido a melhoria das remunerações dos trabalhadores da Docapesca, previamente acordada com a empresa.
A Docapesca integra o Setor Empresarial do Estado, por isso a alteração das remunerações tem se ser aprovada pela tutela e pelas Finanças.
“O problema não foi com a empresa, com a qual chegámos a um entendimento em junho, depois de vários meses de negociação, nem com a secretaria de Estado das Pescas e o Ministério do Mar, mas sim com o Ministério das Finanças”, disse o sindicalista.
Segundo Paulo Lopes, o acordo “chumbado pelo Ministério das Finanças” previa aumentos entre os 4% e os 5% para a maioria dos trabalhadores e de mais de 10% para os salários mais baixos, que correspondem ao Salário Mínimo Nacional.
Com a negociação estavam, ainda, previstas as melhorias nas carreiras e a fixação do salário mais baixo da empresa nos 750 euros, para se diferenciar do Salário Mínimo Nacional.
“Esta é uma empresa altamente rentável, por isso não há qualquer motivo para os salários não serem revistos”, afirmou Paulo Lopes.
Face à situação, os trabalhadores da Docapesca reuniram em plenário e assinaram um documento a exigir a marcação de uma greve.
De acordo com o pré-aviso de greve emitido, os trabalhadores cujo horário de trabalho seja prestado maioritariamente no dia 8 de setembro, mas cujo início ocorra ainda no dia 7, iniciarão a greve de 24 horas no seu horário de entrada.
“O sindicato signatário e os trabalhadores declaram que assegurarão a prestação dos serviços mínimos e necessários, em caso de emergência ou perigo iminente e, ainda, os que se revelem necessários à segurança das embarcações e instalações”, assegura o pré-aviso do Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca.