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A Palavra d@ Candidat@: Adriana Rosa, PAN, Vila do Conde

15 Setembro 2021
A Palavra d@ Candidat@: Adriana Rosa, PAN, Vila do Conde
Opinião
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Adriana Rosa, 29 anos, Assistente Social.
Tenho 29 anos, sou assistente social de profissão e, mais recentemente, abracei mais grandiosa de todas as responsabilidades: tornei-me mãe. Ao longo da vida, nunca me interessei minimamente por questões políticas, talvez por toda a conotação pejorativa associada aos que se envolvem no meio. Mas sempre fui uma pessoa de causas. Sempre tremi de indignação com o racismo, o machismo, a xenofobia e todo o tipo de preconceito que não cabe nos parâmetros de quem se rege por princípios de justiça, dignidade e respeito. Por muito tempo considerei que o exercício da minha profissão seria suficiente para ser uma agente de mudança, mas a experiência mostrou-me que não chega. Inevitavelmente vejo-me confrontada com uma série de entraves que bloqueiam por completo a minha intervenção. O atraso de resposta nos serviços públicos, a dissonância entre o que são as reformas dos nossos idosos e os custos das respostas sociais, a disparidade entre os salários e as rendas/prestações da habitação, a inadequação das infra-estruturas e dos acessos para as pessoas com mobilidade reduzida, são alguns dos problemas que acentuam a vulnerabilidade dos que estão mais dependentes e/ou dos que procuram a emancipação. Perante esta realidade surgem os inevitáveis sentimentos de frustração e de revolta. Ser assistente social não chega para construir um mundo mais equitativo quando, na comunidade, escasseiam respostas. É neste ponto que surge o meu envolvimento político. Concluí que, para contribuir para a mudança, seria necessário um envolvimento mais activo na construção de soluções que, invariavelmente, passariam pela intervenção política. E o PAN, com uma forma completamente distinta de actuar, numa óptica de propor soluções para causas maiores, apresentou-se como uma alternativa em que eu me encaixava. Falamos de ideais fundamentais de sustentabilidade, de coexistência ética entre ser-humano e outros animais, de feminismo, de integração, de equidade e de tantos outros princípios pelos quais se deve reger o mundo do futuro. Esse mundo que eu, enquanto mãe, quero deixar de herança para o meu filho. Um mundo em que as Pessoas, os Animais e a Natureza sejam os pilares que realmente importam!