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Líder do BE Catarina Martins defende em Vila do Conde que água “não pode servir para o lucro”

13 Julho 2021
Líder do BE Catarina Martins defende em Vila do Conde que água “não pode servir para o lucro”
Política
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A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que esteve este domingo de manhã em Vila do Conde, na apresentação dos candidatos autárquicos locais, deixou críticas à concessão a privados dos sistemas de distribuição de água nos municípios, considerando que “um bem essencial não pode servir para o lucro”.
“Há uns anos todos nos diziam que o futuro era privatizar a distribuição da água. Mas aqui estamos em Vila do Conde, com a água refém de uma empresa privada, que já teve a fatura mais cara do país. O que tem de ser debatido em várias autarquias é a recuperação para a esfera pública da distribuição da água, para que seja possível um preço justo e tarifários sociais”, reiterou a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.
A bloquista manifestou a posição na apresentação dos candidatos do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal de Vila do Conde, António Louro Miguel e Sílvia Agra, respetivamente.
António Louro Miguel, cabeça de lista do Bloco à Câmara Municipal, falou num “projeto alternativo e de mudança”, que “não serve clientelas nem interesses obscuros”, assente em valores que “os executivos camarários anteriores, todos maioritários, nunca souberam promover nem salvaguardar”.
Um dos eixos programáticos centrais que apresentou foi a necessidade de “pugnar com urgência pela remunicipalização do serviço de distribuição de água e interceder eficazmente no sentido da redução dos preços cobrados pela concessionária”. António Louro Miguel considerou que esta é “uma das maiores e das mais prolongadas injustiças impostas aos vilacondenses que pagam muito mais que a maioria dos portugueses pela água que consomem”.
Na apresentação pública, no Parque da Cidade de Vila do Conde, Sílvia Agra, cabeça de lista do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal vilacondense, defendeu um “concelho mais inclusivo e sustentável”, “onde não haja filhos e enteados” e “todas as freguesias contem”.
Depois de o Governo ter marcado as eleições autárquicas para 26 de setembro, Marcelo Rebelo de Sousa assinou o decreto presidencial que aprova a realização deste ato eleitoral no último domingo desse mês.

Fotografia: João L. Maio