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Candidato do Chega à Câmara de Vila do Conde Luís Vilela quer “negociação dura” com Indaqua

9 Julho 2021
Candidato do Chega à Câmara de Vila do Conde Luís Vilela quer “negociação dura” com Indaqua
Política
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O candidato autárquico do Chega à Câmara Municipal de Vila do Conde garantiu esta sexta feira que, caso seja eleito, vai promover uma “negociação dura” com a empresa que detém a concessão do abastecimento de água no concelho.
Luís Vilela, empresário vilacondense de 65 anos, considerou que o contrato firmado, em 2002, pela autarquia e a concessionária Indaqua tem “lesado os vilacondenses” e apontou que “é possível baixar o preço que os munícipes pagam na fatura da água”.
“Conheço bem este processo, e caso seja eleito vou chamar os responsáveis da Indaqua, logo nos primeiros 30 dias, para uma negociação ‘pura e dura’. Caso não o queiram fazer vou endurecer a luta. Não é admissível que a fatura da água em Vila do Conde seja a mais cara dos sete concelhos onde está a Indaqua”, disse o candidato do Chega.
Luís Vilela considerou “irrealistas as promessas feitas por candidatos de outros partidos em reverter a concessão”, lembrando que ainda faltam 28 anos para o término da mesma, o que implicaria “uma indemnização de 65 milhões de euros à empresa”.
O candidato do Chega, que foi filiado no PSD e liderou a bancada dos social-democratas na Assembleia Municipal de Vila do Conde, entre 2013 a 2017, explicou que a motivação para avançar com esta candidatura às próximas eleições autárquicas surgiu para “defender as pessoas”.
“Neste concelho há um sentimento de medo quando se trata de as pessoas assumirem as suas posições políticas. Isso tem de mudar. Se for eleito vou receber e ouvir todos os munícipes que quiserem vir à Câmara falar connosco”, garantiu Luís Vilela.
Luís Vilela afirmou que o seu programa eleitoral, que em breve vai ser apresentado, “não contém promessas, mas sim propostas”, e vincou que caso lidere o próximo executivo “todos os temas de fundo em Vila do Conde serão colocados à consideração da população”.
Além da questão da negociação da concessão de água, o candidato do Chega pretende fazer regressar os eventos desportivos do circuito automóvel de Vila do Conde, cobrir toda a cidade com rede de internet Wi-Fi gratuita e aplicar uma política fiscal inclusiva.
“Vamos preparar um regulamento de isenções fiscais, que vai incidir essencialmente no IMI, para que, por exemplo em edifícios para arrendamento, se possa baixar as rendas e fixar mais jovens casais em Vila do Conde”, partilhou Luís Vilela.
Questionado sobre eventuais entendimentos pós-eleitorais com outras forças políticas, Luís Vilela não os descartou, assumindo uma postura de diálogo com todas as forças partidárias e movimentos.
“Queremos ganhar estas eleições, mas se não tivermos eleitos suficientes não vamos inviabilizar a composição de um executivo camarário. Estaremos dispostos a anuir a um pedido de apoio e entendimento, com todas as forças políticas, desde que os nossos vereadores sejam contemplados com pelouros e as nossas propostas sejam incluídas no programa”, concluiu Luís Vilela.
O atual executivo municipal de Vila do Conde é liderado pelo movimento independente NAU, da presidente Elisa Ferraz, que já anunciou que se volta a candidatar, e que elegeu no último sufrágio autárquico cinco elementos, a que se juntam três eleitos pelo PS e um do PSD.
Depois de o Governo ter marcado as eleições autárquicas para 26 de setembro, Marcelo Rebelo de Sousa assinou o decreto presidencial que aprova a realização deste ato eleitoral no último domingo desse mês.