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Orquestra Jazz de Matosinhos num espetáculo do Festival das Artes QuebraJazz em Coimbra

16 Junho 2021
Orquestra Jazz de Matosinhos num espetáculo do Festival das Artes QuebraJazz em Coimbra
Cultura
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O Festival das Artes QuebraJazz, que junta dois festivais que normalmente decorrem em separado no verão, vai realizar-se de 19 a 27 de julho, em Coimbra, propondo 16 iniciativas, sob o tema ‘Outros Mundos’.
As equipas dos dois eventos – Festival das Artes e QuebraJazz – já se tinham juntado no passado para programar em conjunto, nomeadamente em 2020, com um concerto que assinalava os 50 anos do pianista Bernardo Sassetti, na Quinta das Lágrimas, tendo apostado este ano numa programação musical bipartida.
“Achámos os dois que seria a altura certa para experimentarmos uma parceria em que eles [QuebraJazz] faziam metade da programação e nós a outra metade, com o anfiteatro [Colina de Camões, na Quinta das Lágrimas] a ser entremeado com jazz e música clássica”, disse a diretora do Festival das Artes, Cristina Castel-Branco.
Segundo a responsável, “há uma simbiose” entre os dois festivais, que acabaram por tirar partido “desta economia de escala” para juntar “os trapinhos”, sendo que a iniciativa poderá voltar a repetir-se no próximo ano.
Na edição deste ano, o festival conta com 16 iniciativas, nove das quais concertos.
Este ano, face aos riscos relacionados com a pandemia, a organização optou por ser “mais contida” na restante programação, tendo havido “sobretudo um esforço na área da música”, explicou.
Para além da música, haverá conferências, uma exposição, ações de serviço educativo e uma viagem gastronómica pela região de Coimbra.
O festival abre com um concerto de Kurt Ronsenwinkel, “um dos melhores guitarristas de jazz da atualidade” e a Orquestra Jazz de Matosinhos, “uma das melhores orquestras de jazz da Europa”, salientou o diretor do festival QuebraJazz, Miguel Lima.
A 22 de julho, sobe ao anfiteatro Colina de Camões a Jovem Orquestra Portuguesa e a 23 a Orquestra Gulbekian, que vai tocar obras de Samuel Barber, Joseph Haydn e Mozart.
A 26 de julho, atuam o LAN Trio, composto por Mário Laginha, Julian Argueles e Helge Norbakken, e o festival encerra a 27 com atuação do trio Paulo Bandeira, com a participação da cantora Cristina Branco.
Pelo festival, passam ainda os alunos do curso profissional de jazz do Conservatório de Música de Coimbra, o projeto de música antiga Músicos do Tejo, os Aga Khan Master Musicians e o trio espanhol de jazz CMS Trio.
Para Miguel Lima, esta programação conjunta permite também realizar o QuebraJazz este ano, que, por causa da pandemia, estaria impedido de se realizar, por decorrer na escadaria do Quebra Costas, onde é impossível controlar o público presente.
“Esperemos que seja possível, caso o Festival das Artes queira continuar a trabalhar connosco, continuar no futuro a fazer ali alguns concertos com mais impacto, que dificilmente poderiam ser realizados nas escadas do Quebra Costas”, frisou Miguel Lima.