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Encerramento da refinaria da Galp de Matosinhos permitiu foco da empresa na conversão de Sines

3 Junho 2021
Encerramento da refinaria da Galp de Matosinhos permitiu foco da empresa na conversão de Sines
Economia
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A decisão de encerramento da refinaria da Galp em Matosinhos, apresentada em dezembro de 2020, permitiu à petrolífera focar-se na conversão gradual da estrutura de Sines num centro de energia verde, defendeu esta quarta feira o presidente executivo da empresa.
“A nossa decisão de fechar [a refinaria de] Matosinhos […] permitiu-nos focar na conversão gradual de Sines num parque de energia verde”, apontou o presidente executivo da Galp, Andy Brown, que falava na apresentação virtual do plano estratégico da empresa.
No final do mês de abril passado, a Galp desligou a última unidade de produção da refinaria de Matosinhos, na sequência da decisão de concentrar as operações em Sines, disse, em 6 de maio, o administrador da petrolífera Carlos Silva.
A Galp pretende transformar gradualmente a refinaria de Sines “num centro de energia verde”, um projeto que será alavancado no acesso ao hidrogénio verde, anunciou esta quarta feira ao mercado a petrolífera.
Na atualização da estratégia até 2025, a empresa refere que o plano de “transformação gradual da unidade industrial de Sines num centro de energia verde também será alavancada no acesso ao hidrogénio verde, o que permitirá outras aplicações industriais”, apontando a produção de combustíveis sintéticos.
“Encontramo-nos numa posição privilegiada para desenvolver soluções de hidrogénio verde, usufruindo das nossas capacidades industriais”, lê-se no comunicado divulgado esta quarta feira antes da abertura do mercado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A decisão de encerramento da refinaria da Galp de Matosinhos põe em causa 500 postos de trabalho diretos e 1.000 indiretos, conforme estimativas dos sindicatos.
O Estado é acionista da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.