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Presidente da República espera que o Estado de Emergência termine em abril e venha “boa onda”

7 Abril 2021
Presidente da República espera que o Estado de Emergência termine em abril e venha “boa onda”
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje esperar que o Estado de Emergência termine no final de abril, após uma última renovação, e dê lugar a “uma boa onda”.
“Vamos ver. Depende de todos nós”, considerou o chefe de Estado, que falava aos jornalistas durante uma visita ao Centro Social Polivalente de São Cristóvão e São Lourenço, em Lisboa, para assinalar o Dia Mundial da Saúde.
Questionado sobre os dados da evolução da Covid-19 em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que “abril é um mês decisivo” e realçou que “há uma parte que passa pelas pessoas, o que é que as pessoas fazem, o tipo de convívio que têm, a criação ou não de condições para que o desconfinamento seja suave e progressivo”, sem “sobressaltos” indesejáveis.
Depois, referiu que “para a semana haverá mais um momento de reflexão sobre a renovação do Estado de Emergência e, portanto, haverá uma sessão epidemiológica e haverá a audição dos partidos políticos e haverá uma decisão sobre essa renovação”.
“Se me perguntam o que eu mais desejaria, eu desejaria que fosse a última renovação do Estado de Emergência, coincidindo com o fim do mês de abril. Verdadeiramente, era a minha vontade e penso que é a vontade de todos os portugueses”, afirmou.
O Presidente da República decretou o Estado de Emergência pela 14.ª vez no atual contexto de pandemia de Covid-19 a 25 de março, com efeitos entre 1 e 15 de abril. E uma próxima renovação, por mais 15 dias, vai vigorar entre 16 e 30 de abril.
“Para a semana temos mais números e vamos ver se corre bem até esse momento de decisão e se depois correm bem os 15 dias seguintes, porque isso significaria correr bem o mês de abril e podermos entrar em maio numa outra onda, uma boa onda – não é uma quarta vaga negativa, era uma boa onda, uma onda positiva. Vamos ver”, acrescentou.
No seu entender, “a grande maioria” dos portugueses “percebeu porquê o Estado de Emergência e porquê o confinamento e os resultados obtidos” e agora quer “que o desconfinamento corra bem e se passe a uma fase nova”.
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que após semanas de confinamento muita gente tenha vontade de “estar mais tempo nas esplanadas, conviver mais, em grupos mais próximos e mais intensos”, mas deixou um apelo: “têm de pensar duas vezes no que isso significa, nas consequências, num mês que é tão decisivo”.
Relativamente às escolas, disse esperar que os casos de Covid-19 detetados no processo de testagem sejam localizados, “sem uma difusão social assinalável”.
Antes de visitar este centro social, o Presidente da República esteve na Unidade de Saúde Familiar (USF) da Baixa que, assinalou, “serve 94 nacionalidades, é talvez recorde a nível nacional” e que apontou como exemplo de inclusão social e cultural.
“Ali há um projeto chamado prescrição social que é um projeto precisamente de integração da saúde na sociedade”, destacou o chefe de Estado.
No Centro Social Polivalente de São Cristóvão e São Lourenço, Marcelo Rebelo de Sousa distribuiu algumas refeições e conversou com três utentes do centro de dia, que reabriu nesta semana, já vacinadas contra a Covid-19.
“É assim que se deve funcionar, a saúde ligada ao acolhimento e ao apoio social e a olhar para as necessidades sociais”, defendeu.
No Dia Mundial da Saúde, o Presidente da República apontou como “passos positivos” registados em Portugal neste setor o aumento da esperança de vida e o aumento do número de mulheres a exercer medicina.
Em Portugal, já morreram mais de 16 mil pessoas com Covid-19 e foram contabilizados, até agora, mais de 825 mil casos de infeção com o novo coronavírus que provoca esta doença, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS).