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Jerónimo de Sousa garante em Vila do Conde que “um país que não produz não pode sobreviver”

15 Fevereiro 2021
Jerónimo de Sousa garante em Vila do Conde que “um país que não produz não pode sobreviver”
Política
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O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa, defendeu esta sexta feira que é “prematuro decidir já o adiamento” das Eleições Autárquicas, como propôs o líder do PSD, Rui Rio, e preconizou que é preciso avaliar a evolução da situação pandémica da Covid-19.
“Dizem que em setembro 70% da população portuguesa estará vacinada, criando condições sanitárias para um certo regresso à normalidade. Por isso, consideramos ser prematuro, a uma distância destas, decidir já o adiamento [das eleições]. Temos de avaliar a evolução da situação, mas não seremos apressados em defender o adiamento”, afirmou o líder do Partido Comunista.
Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas após questionado sobre a proposta do presidente do PSD, Rui Rio, para adiar por dois meses as Eleições Autárquicas, habitualmente realizadas em outubro, por causa da epidemia de Covid-19.
Sobre a visita feita a uma exploração leiteira em Vila do Conde, o responsável do PCP frisou a “importância da produção nacional”, e garantiu que o seu partido se irá bater pela atribuição de ajudas e apoios para os produtores.
“Um setor que já chegou a ter 70 mil produtores está neste momento reduzido a menos de 7 mil. Num quadro em que se desligam as ajudas à produção, com todas as consequências, agravadas com a revisão do processo da Política Agrícola Comum, isto pode levar a maiores dificuldades para estas pessoas que trabalham sem parar em condições muito duras”, disse Jerónimo de Sousa.
O também deputado pelos comunistas lembrou que “um país que não produz não pode sobreviver” e prometeu acompanhar “o esforço titânico dos produtores que não tem tido da parte dos sucessivos governos uma resposta cabal aos interesses nacionais”.
“Saio com ideia reforçada da indispensabilidade da produção nacional e da necessidade de corresponder aos interesses dos produtores. Levaremos este conjunto de ideias à Assembleia da República, e fora dela, para lhes darmos expressão”, vincou o líder do PCP.