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Presidente da República admite que período de confinamento devido à Covid-19 dure até março

16 Janeiro 2021
Presidente da República admite que período de confinamento devido à Covid-19 dure até março
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu que o período de confinamento atualmente em vigor em Portugal possa estender-se até março, alertando para a importância de achatar a curva de contágios.
“O que importa neste confinamento é muito simples, é achatar a curva, inverter a tendência e fazê-lo o mais rapidamente possível, isto é, limitar o período que estamos a viver ao mês de janeiro e porventura ao mês de fevereiro, ao primeiro trimestre deste ano, e não deixarmos deslizar para o segundo trimestre do ano”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, depois de questionado pelos jornalistas em Belém no final de uma audiência com um cidadão português, sobre o novo confinamento que entrou hoje em vigor.
De seguida, ainda acrescentou: “deslizar significa prolongar e aprofundar a crise económica e social, que também vai deslizando, o que significa depois que é mais difícil o controlo tardio dos acontecimentos”.
“Este confinamento é diferente do anterior, em março foi mais rigoroso, mais drástico, mais dramático, pelo inesperado, pelo improviso e pelo choque que foi para os portugueses, que hoje sabem mais acerca da pandemia, estão mais conscientes e percebem o que importa fazer neste confinamento”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Para o Presidente da República, “a vacinação avança mais lentamente que a pandemia”, por isso é preciso “controlar a pandemia para dar tempo à vacinação para recuperar este desfasamento”.
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que, “olhando para as ruas fica-se com a sensação de que o confinamento é menos forte, menos radical que o primeiro, e é, basta que as escolas estejam abertas”, mas salientou que “é importante que os portugueses o vivam ajudando a que seja eficaz, e tem de ser eficaz”.
Em declarações, o Presidente da República, quando questionado sobre se admitia que o confinamento durasse durante todo o primeiro trimestre, chamou a atenção para a necessidade de haver equilíbrio e ponderação.
“É um problema de equilíbrio e ponderação, aquilo a que se chegou de equilíbrio nas medidas e neste arranque da sua aplicação, que se espera que seja eficaz, atendeu aos vários fatores em presença, e, agora, é fundamental que os portugueses entendam que a aplicação que vier a ser feita neste primeiro período da quinzena imediata corra bem, porque há uma reponderação no fim da primeira quinzena antes de se avançar para aquilo que foi previsto numa perspetiva de um mês”, concluiu o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Portugal contabilizou este sábado 166 mortes relacionadas com a Covid-19 em 24 horas, e 10.947 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), dois novos máximos diários registados.
A Covid-19 já provocou pelo menos 8.709 óbitos resultantes de mais de 539 mil casos de infeção em Portugal, mas há registo de pelo menos 402.542 pessoas recuperadas.
Portugal está em Estado de Emergência e em confinamento geral desde as 00:00 horas de 15 de janeiro, pelo menos até ao dia 30 deste mês.
A Covid-19 já provocou pelo menos 2.020.894 óbitos entre mais de 94 milhões de casos de infeção em todo o mundo, mas há registo de pelo menos 67.498.941 pessoas recuperadas.