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Ministros da Economia e do Trabalho vão ser ouvidos sobre refinaria da Galp de Matosinhos

26 Janeiro 2021
Ministros da Economia e do Trabalho vão ser ouvidos sobre refinaria da Galp de Matosinhos
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Os deputados da comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação aprovaram a audição do Ministro da Economia e da Ministra do Trabalho, no parlamento, sobre o encerramento da refinaria da Galp, em Leça da Palmeira, no concelho de Matosinhos.
A audição do Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que tinha sido requerida pelo Partido Social Democrata (PSD) e pelo Bloco de Esquerda (BE), que pediu também a audição da Sub Comissão de Trabalhadores da Petrogal da refinaria de Leça da Palmeira, foi aprovada durante uma reunião daquela comissão, confirmou Pedro Coimbra, vice-presidente da comissão parlamentar.
O deputado do Partido Socialista (PS) esclareceu, ainda, que as audições deverão ser coordenadas com as comissões parlamentares de Ambiente e do Trabalho, “atendendo às matérias em causa”.
Fonte oficial do PSD indicou que as audições ainda não têm data prevista.
Em causa está o anúncio, em 23 de dezembro de 2020, de que a Galp vai concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos a partir deste ano.
A decisão afeta, segundo a empresa, 401 postos de trabalho diretos e, segundo os sindicatos, 1.000 indiretos.
O Conselho de Administração da Galp garantiu no dia 13 de janeiro que os 401 trabalhadores da refinaria de Matosinhos, que será encerrada este ano, serão ouvidos e tratados “com respeito” e adiantou que há vários “caminhos possíveis” para aquelas pessoas.
“Deixar bem claro que a primeira responsabilidade em relação a estes colaboradores cabe à Galp. As pessoas serão ouvidas e todas serão tratadas com respeito e com a dignidade que se exige”, garantiu José Carlos Silva, membro do Conselho de Administração da Galp, ouvido no parlamento, pela Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, a requerimento do grupo parlamentar do Partido Socialista (PS).
O responsável sublinhou que os 401 trabalhadores afetos à refinaria de Matosinhos são a “principal preocupação” da empresa e apontou que estão a ser estudadas “as melhores soluções”, entre as quais a continuação de 60 trabalhadores afetos ao setor logístico, e, para os restantes, estão, entre os cenários em avaliação, a mobilidade interna e processos de reformas e pré-reformas.
Entre os “vários caminhos possíveis”, disse José Carlos Silva, membro do Conselho de Administração da Galp, está a abertura de processos de contratação na empresa no sentido de integrar aqueles trabalhadores dentro do grupo.