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Ministro do Ambiente reafirma “querer muito” que Portugal venha a ter uma refinaria de lítio

10 Janeiro 2021
Ministro do Ambiente reafirma “querer muito” que Portugal venha a ter uma refinaria de lítio
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O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, reafirmou “querer muito” que Portugal venha a ter uma refinaria de lítio, havendo já muitos municípios dispostos a acolhê-la.
“Queremos muito que Portugal venha a ter uma refinaria de lítio, aliás há municípios que já tornaram público o seu interesse, mas nenhum deles é Matosinhos”, afirmou o governante, no final de uma reunião com estruturas sindicais dos trabalhadores da refinaria da Galp de Matosinhos, que encerra este ano.
A propósito do fecho da refinaria, e questionado sobre a possibilidade de ali nascer uma refinaria de lítio, o Ministro vincou que os terrenos são da Galp, sendo essa a saber que destino lhes quer dar.
Insistindo não saber qual o destino dos terrenos onde está instalada a refinaria da Galp e no facto de o Governo de Portugal não se pronunciar sobre o encerramento de empresas privadas, o Ministro sublinhou que a sua preocupação é a segurança do abastecimento.
“Tinha de se pronunciar sobre a segurança do abastecimento e, essa, está garantida mesma sem a existência desta refinaria”, ressalvou o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
Matos Fernandes reforçou que Portugal quer aproveitar o facto de ser um país “potencialmente rico em lítio” refinando-o, criando condições para a produção de células e, depois, de baterias.
A Galp vai concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação este ano em Matosinhos.
Esta decisão, anunciada a 21 de dezembro de 2020, põe em causa 500 postos de trabalho diretos e 1.000 indiretos.
A 30 de dezembro, e numa reunião pública do executivo municipal de Matosinhos, o responsável pela refinaria, José Silva, garantiu que a decisão de encerrar “está tomada e fechada”.
Sobre os postos de trabalho em causa, Matos Fernandes referiu ser uma “evidência” que com o fecho da refinaria esses vão ser “perdidos”, mas garantiu um “fortíssimo empenho do Governo” em criar novos negócios, nomeadamente ligados às energias renováveis, para absorver essa mesma mão-de-obra.