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Surto de Covid-19 na Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim já infetou 57 dos 98 utentes

21 Novembro 2020
Surto de Covid-19 na Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim já infetou 57 dos 98 utentes
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Mais de 60 pessoas estão infetadas com o vírus da Covid-19 nas residências de idosos da Póvoa de Varzim, situação que a câmara local diz estar a acompanhar “com atenção”, estando “preparada para prestar o apoio necessário”.
Segundo a vereadora da Coesão Social da autarquia, Andrea Silva, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim tem, desde abril, um espaço com cerca de 60 camas, instalado na Escola Agrícola de Rates “pronto a acolher utentes dos lares de idosos do concelho caso seja requisitado”, mas garantiu que, até agora, “não foi preciso ativar essa infraestrutura”.
“Acompanhamos a situação com muita atenção e estamos preparados para prestar o apoio necessário à Misericórdia. Felizmente, a instituição disse-nos que tem a situação controlada e que já tomaram as medidas do seu plano de contingência, de acordo com as indicações das autoridades de saúde”, afirmou a vereadora Andrea Silva.
Após várias tentativas, não foi possível fazer um ponto de situação com o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim, que na passada sexta feira, em declarações a uma rádio local poveira, confirmou que 62 utentes da instituição estão infetados com o novo coronavírus.
“Nos dois lares, a testagem aos 98 utentes, feita há três dias, revelou 57 infetados, enquanto no pensionato cinco pessoas das 21 que lá residem também testaram positivo. Alguns estão assintomáticos outros têm sintomas ligeiros, mas a nossa equipa clínica está a controlar a situação”, disse Virgílio Ferreira.
Desde o início da pandemia, esta é a primeira vez que a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim foi atingida por um surto de Covid-19.
No início da pandemia de Covid-19, em março, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio (CESP) denunciou “irregularidades” praticadas nas Misericórdias de Freixo de Espada à Cinta, Mirandela e Chaves, em Trás-os-Montes, e também na da Póvoa de Varzim.
As denúncias partiram da coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), Marisa Ribeiro, que, destacando como maior preocupação do sindicato o “setor social”, disse existirem “misericórdias que não fizeram planos de contingência em relação ao uso de material de segurança individual, como luvas ou de álcool e onde os colaboradores trabalham 12 horas seguidas”.
Marisa Ribeiro referiu na altura a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim, dizendo que “o álcool é racionado para as funcionárias e onde há máscaras feitas a partir de batas”.