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Número de doentes com Legionella em Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos diminui

21 Novembro 2020
Número de doentes com Legionella em Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos diminui
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O número de internados nos hospitais do Grande Porto devido ao surto de Legionella, que atinge os concelhos de Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde diminuiu para 14, após três pessoas terem recuperado da doença.
Segundo fonte da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), as três altas verificaram-se no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, que passa a ter apenas um doente com Legionella a requerer cuidados na unidade.
Também hoje, e pelo segundo dia consecutivo, não houve um aumento no número global de casos diagnosticados, que estabilizou nos 85, tal como o número mortes por complicações associadas à doença, que se mantém em nove.
No Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, que recebeu a maior parte dos pacientes, e onde se registaram sete óbitos, continuam internadas 10 pessoas, enquanto no Hospital de São João, no Porto, que prestou assistência a 10 pessoas com Legionella, mantêm-se três pessoas a receber assistência.
Assim, no balanço global divulgado hoje pela Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), 85 pessoas foram diagnosticadas com a doença, desde 29 de outubro, das quais 14 continuam internadas e nove morreram.
A origem do surto continua por detetar, mas a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) divulgou, na terça feira, que, “como medida cautelar, a Autoridade de Saúde da ULS de Matosinhos procedeu à suspensão do funcionamento das torres de refrigeração de duas indústrias, localizadas no concelho de Matosinhos”.
A empresa de produtos lácteos Longa Vida, em Matosinhos, confirmou, quarta feira, que foi uma das empresas a ter desligado as suas torres de refrigeração “a título preventivo”.
Agora, as autoridades de saúde detetaram a presença de Legionella, no passado dia 10 de novembro, nas torres de refrigeração do Centro de Distribuição da empresa Longa Vida, em Perafita, no concelho de Matosinhos, informou esta sexta feira a empresa de produtos lácteos.
Em comunicado, a Longa Vida, que tinha desligado “preventivamente” as torres de refrigeração por causa de um surto de Legionella, dá conta de que os “resultados que acabam de ser comunicados, esta noite [sexta feira], pelas autoridades de saúde à Longa Vida, indicam a presença de Legionella Pneumophila nas torres de refrigeração do Centro de Distribuição da Longa Vida em Perafita no dia 10 de novembro”.
Contudo, a empresa de produtos lácteos diz que “não recebeu informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria” nas suas torres de refrigeração e a origem do surto que atingiu os concelhos de Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
A Longa Vida garantiu que “efetua controles regulares” às torres de refrigeração e que “sempre revelaram ausência” de Legionella.
A deteção desta bactéria “não impacta a qualidade e a segurança dos produtos”, acrescenta a empresa.
Já a conserveira Ramirez, também no concelho de Matosinhos, outra das empresas que recebeu ordem para suspender o equipamento, anunciou quinta feira que os testes realizados à torre de arrefecimento deram negativos, e reativou a infraestrutura.
“Na sequência do conhecimento do resultado cultural da colheita efetuada para pesquisa de Legionella Pneumophila numa torre de arrefecimento da empresa Ramirez, a Autoridade de Saúde da Unidade Local de Saúde de Matosinhos autorizou o funcionamento da referida torre”, disse a administração da Ramirez, em comunicado.
Também esta sexta feira, o Mar Shopping, em Matosinhos, divulgou que as análises feitas à presença de Legionella na torre de refrigeração do centro comercial “tiveram um resultado negativo”.
“Esta conclusão vem confirmar o resultado da análise realizada por uma empresa externa certificada para o efeito, a que o MAR Shopping Matosinhos recorre para uma monitorização mensal dos seus pontos de água, a última das quais realizada a 13 de novembro”, divulgou em comunicado a superfície comercial.
Na semana passada, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.