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Governo anunciou a abertura de mais de 230 camas de internamento para o Norte de Portugal

17 Novembro 2020
Governo anunciou a abertura de mais de 230 camas de internamento para o Norte de Portugal
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O Governo anunciou esta segunda feira a abertura de mais de 230 camas de internamento para o Norte, que resultam da “reorganização” de serviços, adaptação de espaços e que provam o “esforço” do Serviço Nacional de Saúde para “dar respostas”.
O anúncio foi feito pela ministra da Saúde, Marta Temido, em Vila Verde, distrito de Braga, durante a cerimónia de assinatura de acordos com 10 Santas Casa da Misericórdia, presidida pelo primeiro-ministro, António Costa.
No discurso, Marta Temido fez questão de “dar nota clara sobre o esforço” do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “em cada um dos seus núcleos, em cada uma das suas instituições, de ampliar as suas respostas”.
Aquele “esforço”, descreveu a ministra, concretiza-se na abertura de mais camas de Medicina Intensiva: “o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa terá disponíveis mais nove camas de cuidados intensivos, fruto de uma reorganização que fez, saliento que o Centro Hospitalar de Entre o Douro e o Vouga tem a decorrer uma adaptação de um antigo refeitório, que estará pronta esta quarta feira e que terá mais uma unidade de cuidados intensivos, e Vila Nova de Gaia/Espinho terá mais 28 camas de cuidados intensivos até ao final deste mês”, enumerou.
A governante deu ainda conta de cerca de mais de 200 camas que vão estar disponíveis em Lousada e na Póvoa de Lanhoso, sendo que neste concelho estarão 40 já disponíveis “esta semana”.
Marta Temido sublinhou que “estes são exemplos do que é o esforço de adaptação contínua para responder às necessidades dos portugueses” e deixou um aviso.
“Que ninguém pense que isto é fácil ou que vai ser fácil enfrentar tudo aquilo que temos pela frente, pois não é”, alertou.
Sobre os acordos assinados com as Misericórdias de Esposende, Fão, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Póvoa de Lanhoso, Riba d’Ave, Valpaços, Vila do Conde e Vila Verde, António Costa realçou o objetivo “responder a algo que é absolutamente necessário”.
“Alargar a capacidade de resposta, assegurar o direito ao acesso aos serviços de saúde por parte da nossa população, não só aquela que tem covid, mas aquela que, não tendo covid, continua a carecer de cuidados de saúde”, apontou.
O primeiro-ministro salientou que “esta é mais uma prova da colaboração imprescindível” entre Estado e a União das Misericórdias: “as Misericórdias são colaboradoras de sempre do Serviço Nacional de Saúde. São 400 no país, existem mais 390 a que podemos alargar estes protocolos”, disse.
O documento assinado hoje é uma revisão dos acordos estabelecidos em 2011 com oito daquelas instituições, a com mais duas, sendo que terá a duração “até ao final de 2021”.
Estes acordos têm, desta vez, uma “originalidade”, nas palavras da ministra da Saúde, Marta Temido.
“A originalidade, aqui, é a possibilidade de os médicos de família diferenciarem diretamente os utentes para estas unidades”, apontou a governante.