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GNR detém homem de 55 anos em Vila do Conde por agressões, injúrias e ameaças à atual mulher

26 Novembro 2020
GNR detém homem de 55 anos em Vila do Conde por agressões, injúrias e ameaças à atual mulher
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O Comando Territorial do Porto da Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) do Porto, deteve, no dia 23 de novembro, um homem de 54 anos por violência doméstica, no concelho de Vila do Conde.
“No âmbito de uma investigação por violência doméstica, os militares da Guarda apuraram que o suspeito, nos últimos anos terá injuriado, ameaçado e agredido fisicamente a vítima, a sua mulher de 55 anos, por motivos de ciúmes e questões económicas. Pela escalada de episódios de ameaças de morte, fazendo alusão ao uso de armas de fogo que teria na sua posse, foi efetuada uma busca domiciliária, onde foi possível apreender duas armas ilegais e 21 cartuchos de calibre 12”, tornou público, em comunicado, o Comando Territorial do Porto da Guarda Nacional Republicana (GNR).
“O detido foi presente a primeiro interrogatório ontem [esta terça feira], dia 24 de novembro, no Tribunal de Instrução Criminal de Matosinhos, onde foram aplicadas as medidas de coação de afastamento da residência da vítima, proibição de a contactar por qualquer meio, proibição de frequentar os locais frequentados pela vítima, proibição de deter ou adquirir armas de qualquer natureza e proibição de se aproximar da vítima num raio de 300 metros, vigiado por pulseira eletrónica”, tornou público, em comunicado, o Comando Territorial do Porto da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Em 2020 foram assassinadas 30 mulheres, 16 delas em contexto de relações de intimidade: as contas foram feitas pelo Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA), da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), a partir das notícias reportadas nos media entre 1 de Janeiro e 15 de Novembro.
De acordo com os dados, em 63% dos femicídios já havia violência prévia e em 80% essa violência era mesmo conhecida de outras pessoas; em 40% tinha havido ameaça de morte, a mesma percentagem de casos em que se registaram denúncias anteriores, uma tendência que se repete anualmente. Daí a importância “de se levar em conta os sinais de alerta”, disse Camila Iglesias, uma das investigadoras do Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA).