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Portugal tem mais 7.474 mortes entre março e outubro face à média dos últimos cinco anos

16 Outubro 2020
Portugal tem mais 7.474 mortes entre março e outubro face à média dos últimos cinco anos
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Desde o início da pandemia em Portugal e até 4 de outubro morreram 68.227 pessoas, mais 7.474 mortes face à média em período homólogo dos últimos cincos anos e, destes, mais de um quarto por Covid-19, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os dados constam da publicação do Instituto Nacional de Estatística (INE) – “A mortalidade em Portugal no contexto da pandemia Covid-19” – divulgada esta quinta feira, que indicam que dos mais de 7.474 óbitos, 2.018 foram de pessoas infetadas com o vírus SARS-CoV-2.
Os dados correspondem ao período entre 2 de março, data em que foram diagnosticados os primeiros casos de Covid-19 em Portugal, até 4 de outubro.
A região Norte do país foi a que registou “o maior acréscimo” no número de óbitos relativamente à média dos últimos cinco anos, com exceção da última semana de junho e as primeiras de julho em que este acréscimo foi superior na Área Metropolitana de Lisboa.
“Nas últimas três semanas a maior contribuição pertenceu novamente à Área Metropolitana de Lisboa”, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE) na publicação.
Nas últimas quatro semanas (7 de setembro a 4 de outubro) registaram-se mais 867 óbitos do que a média, em período homólogo, de 2015-2019. Nesse período registaram-se 175 óbitos por infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença Covid-19.
Do total de óbitos entre 2 de março e 4 outubro, 33.664 foram de homens e 34.563 de mulheres, mais 3.115 e 4.360 óbitos, respetivamente, em relação à média de óbitos observada no mesmo período de 2015-2019, precisam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Mais de 70% das mortes foram de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos. Comparativamente com a média de óbitos observada em período homólogo de 2015-2019, morreram mais 6.488 pessoas com 75 e mais anos, das quais mais 5.095 com mais de 85 anos.
Do total de óbitos registados, 40.644 ocorreram em hospitais e 27.583 fora do contexto hospitalar, a que correspondem aumentos de 2.265 óbitos e 5.209 óbitos, respetivamente, relativamente à média de óbitos em 2015-2019 em período idêntico.
Analisando os óbitos em 2020, até ao dia 4 de outubro, o Instituto Nacional de Estatística (INE) indica que foram registados 90.300 óbitos, valor superior em 7.096 mortes comparativamente com a média de óbitos para o período homólogo de 2015-2019.
“Nos primeiros dois meses de 2020, o número de óbitos foi, em geral, inferior aos valores médios observados nos últimos cinco anos. Contudo, na semana 11 (9 a 15 março 2020), o número de óbitos ultrapassou os valores registados em média nos últimos anos”, salienta o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Verificou ainda que “a partir do início de março, se mantém, regra geral, acima do limite superior deste intervalo de valores”.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) afirma que “uma das consequências mais dramáticas dos efeitos da pandemia Covid-19 diz respeito ao aumento do número total de óbitos”, adiantando que o número de mortes por esta doença fornece apenas uma medida parcial desses efeitos.
“Uma medida mais abrangente do impacto na mortalidade pode ser fornecida pela diferença entre o número de óbitos, por todas as causas de morte, em 2020 e a média dos últimos cincos anos (2015-2019), não obstante outros efeitos sobre a mortalidade, como a gripe sazonal e os picos ou ondas de calor ou frio”, explica o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A informação sobre óbitos é obtida a partir dos dados do registo civil apurados no âmbito do Sistema Integrado do Registo e Identificação Civil e foi recolhida até 13 de outubro.